Chuvas torrenciais deixam 25 mortos na China

O presidente Xi Jinping descreveu a situação como "extremamente grave" e as medidas de controle das enchentes entraram em uma "fase crítica"

Ao menos 25 pessoas morreram pelas chuvas torrenciais que provocaram deslizamentos de terra e inundaram Zhengzhou, uma cidade do centro da China.

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O presidente Xi Jinping descreveu a situação como "extremamente grave" e as medidas de controle das enchentes entraram em uma "fase crítica", informou a mídia estatal nesta quarta-feira (21).

 

Cerca de 200.000 pessoas foram retiradas de Zhengzhou, informaram funcionários do governo local.

 

Os soldados realizam operações de resgate nesta cidade de mais de 10 milhões de habitantes, onde o equivalente à chuva média de um ano caiu em apenas três dias.

 

As chuvas na região foram as mais intensas desde que esses dados começaram a ser registrados há 60 anos.

 

As tempestades submergiram o metrô de Zhengzhou na noite de terça-feira, deixando 12 mortos e cinco feridos.

 

As imagens nas redes sociais mostravam os passageiros desesperados, lutando contra o rápido aumento do nível da água dentro de um vagão. Os socorristas abriram o teto do vagão para salvar as pessoas, informou a imprensa local.

 

Outras imagens mostravam resgates de pedestres que corriam pelas ruas de Zhengzhou.

 

Ao menos quatro pessoas morreram na cidade próxima de Gongyi, onde casas e muros desabaram, segundo a agência oficial Xinhua, que explicou que as chuvas provocaram vários deslizamentos de terra.

 

Nas redes sociais, muitas pessoas de fora de Zhengzhou buscavam informações sobre seus familiares.

 

"Não sei mais sobre sua situação. Estou em Tianjin e meus pais estão em Zhengzhou", disse uma usuária da rede social Weibo, contatada pela AFP. "Estou muito preocupada".

 

As autoridades decretaram o mais alto nível de alerta na província de Henan, enquanto as enchentes continuam afetando a região, com deslizamentos de terra que bloqueiam muitas estradas, cidades evacuadas, lugares turísticos fechados e grandes áreas incomunicáveis.

 

O órgão encarregado pelo patrimônio cultural alertou que alguns lugares sofreram danos pela água, entre eles o templo de Shaolin - um famoso mosteiro e escola de artes marciais - e as Grutas de Longmen, um local do patrimônio da Unesco com esculturas budistas em pedra que datam do século V.

 

Henan é o berço das artes marciais tradicionais chinesas e o lar de muitas academias de kung fu.

 

O comunicado informou que "as principais relíquias culturais protegidas sofreram diversos graus de danos pela água", mas afirmava que já estão a salvo.

 

O Exército chinês disse que evitou o colapso da barragem de Yihetan, localizada a uma hora da cidade de Zhengzhou.

 

Nesta quarta-feira, o Exército Popular de Libertação explicou que realizou operações de detonação na barragem e que as tropas "realizaram com sucesso uma nova abertura de desvio das enchentes".

 

Essas medidas significam que o nível da água diminuiu e que o "perigo foi efetivamente controlado".

 

Milhares de soldados foram enviados para outros rios próximos, para reforçarem as barragens com sacos de areia à medida que as enchentes se espalhavam por Henan e que alertas de perigo foram emitidos em outras represas.

 

"Alguns reservatórios viram suas barragens estourarem (...) causando graves lesões, mortes e danos materiais", disse Xi Jinping, segundo o canal estatal CCTV.

 

As inundações da temporada anual de chuvas na China provocam o caos, destruindo estradas, plantações e casas.

 

A ameaça piorou ao longo das décadas, devido em parte à construção generalizada de barragens e represas que cortaram as conexões entre o rio e os lagos adjacentes.


 

 

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