Vacina da Pfizer funciona contra variante indiana mas eficácia é "levemente menor", aponta estudo
Apesar de uma "eficácia levemente menor, segundo os exames de laboratório, a vacina da Pfizer é provavelmente protetora"
08:36 | Mai. 29, 2021
A vacina da Pfizer produz anticorpos capazes de neutralizar a variante indiana do coronavírus, mas sua eficácia é "levemente menor", afirma ume estudo de cientistas do Instituto Pasteur de Paris.
As pessoas vacinadas com duas doses da Pfizer apresentam anticorpos no soro sanguíneo eficazes contra a variante inglesa, mas menos eficientes contra a variante indiana estudada, de acordo com a pesquisa divulgada pelo site de pré-publicação BioRxiv.
Apesar de uma "eficácia levemente menor, segundo os exames de laboratório, a vacina da Pfizer é provavelmente protetora", afirmou Olivier Schwartz, coautor do estudo e diretor do departamento de Vírus e Imunidade do Instituto Pasteur de Paris.
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Esta vacina começou a ser usada na União Europeia (UE) em fevereiro e a recomendação de intervalo entre as doses é de 12 semanas. No fim de abril, quando o estudo foi organizado, apenas um número muito pequeno de pessoas havia recebido as duas doses, devido aos receios provocados por seus possíveis efeitos colaterais - o fármaco foi reservado para o uso em pessoas com mais de 55 anos na França.
Os resultados dos estudos, realizados com hospitais universitários franceses, mostram que uma dose da AstraZeneca é eficaz contra a variante inglesa, mas "funciona muito pouco contra as variantes indiana e sul-africana".
Uma única dose desta vacina parece "pouco eficaz ou de todo ineficaz" contra a variante indiana, afirma Schwartz.
A variante indiana, conhecida cientificamente como B.1.617, foi detectada na Índia em outubro de 2020 e desde então se propagou para outros países.
Seus três subgrupos principais - B.1.617.1, B.1.617.2 e B.1.617.3 - registram algumas mutações que podem aumentar sua capacidade para reduzir a eficácia dos anticorpos gerados pelas vacinas, adquiridos naturalmente ou de forma terapêutica.
Os cientistas estudaram concretamente o vírus B.1.617.2, que parece ser mais contagioso que as outras duas variantes e foi detectado recentemente em uma dezena de países.
"Demonstramos que esta variante, que se propaga muito rápido, adquiriu uma resistência parcial aos anticorpos", afirma Schwartz.