Biden dirá que EUA foi construído por classe média, e não por Wall Street
19:22 | Abr. 28, 2021
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, dirá ao Congresso nesta quarta-feira que o país foi construído pela classe média, e não por Wall Street, como é chamado o mercado financeiro norte-americano. O termo é uma referência à rua em que fica localizada a bolsa de valores de Nova York.
Durante uma sessão conjunta da Câmara dos Representantes e do Senado, o democrata também defenderá seu pacote de infraestrutura de US$ 2 trilhões, de acordo com trechos do discurso divulgados pela Casa Branca.
"O Plano de Empregos dos Americanos é um projeto de colarinho azul para construir a América. E reconhece algo que eu sempre disse: Wall Street não construiu este país. A classe média construiu este país. E os sindicatos construíram a classe média", dirá Biden.
Segundo o chefe da Casa Branca, que assumiu o cargo em 20 de janeiro, o plano de infraestrutura que ele propôs no mês passado criará milhões de empregos e impulsionará o crescimento econômico nos próximos anos. "São empregos bem remunerados e não podem ser terceirizados".
Biden afirmará também que 90% dos postos de trabalho gerados com a legislação, que ainda precisa ser aprovada no Congresso, não exigirão um diploma universitário.
Prestes a completar 100 dias de governo, Biden dirá que agiu para fortalecer a fé da população americana na democracia. "Estamos vacinando a nação. Estamos criando centenas de milhares de empregos. Estamos entregando resultados reais que as pessoas podem ver e sentir em suas próprias vidas. Abrindo as portas da oportunidade. Garantindo equidade e justiça", defenderá o presidente americano.
Após a aprovação de um pacote de estímulo fiscal imediato de US$ 1,9 trilhão em março e a apresentação do plano de infraestrutura de US$ 2 trilhões, Biden também detalhará no Congresso uma proposta de US$ 1,8 trilhão em investimentos em áreas como educação, saúde e cuidados infantis.
Batizado de "Plano das Famílias Americanas", o pacote deve ser financiado, em parte, pelo aumento da carga tributária dos mais ricos.