Após Twitter, Facebook e Instagram bloqueiam contas de Trump
De acordo com o CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, o bloqueio se estenderá ao menos por duas semanas, até o fim do processo de transição do atual governo para o do presidente eleito, Joe Biden.
14:54 | Jan. 07, 2021
As redes sociais Facebook e Instagram (administradas pelo mesmo grupo) anunciaram nesta quinta-feira, 7, o bloqueio das contas de Donald Trump nas plataformas. Anteriormente, o Twitter também informou o bloqueou a conta do presidente por 12 horas e avisou pela primeira vez que pode suspendê-lo permanentemente.
O anúncio ocorre um dia após a invasão do Congresso americano por apoiadores de Trump, que protestavam contra uma suposta fraude nas eleições presidenciais de 2020, a qual Trump denuncia desde o fim do pleito. Em confronto com policiais que faziam a proteção do local, uma mulher foi morta após ser baleada. O episódio ainda deixou mais três vítimas fatais, segundo reportou a imprensa americana.
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O CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, afirmou em postagem na plataforma que a conta seguirá bloqueada por "tempo indefinido", em decisão que se estende ao perfil do republicano no Instagram. De acordo com o executivo, o bloqueio se estenderá ao menos por duas semanas, até o fim do processo de transição do atual governo para o do presidente eleito, Joe Biden.
The shocking events of the last 24 hours clearly demonstrate that President Donald Trump intends to use his remaining...
Publicado por Mark Zuckerberg em Quinta-feira, 7 de janeiro de 2021"Acreditamos que os riscos de permitir que o presidente continue a usar nossos serviços durante este período são simplesmente grandes demais", publicou Zuckerberg em seu perfil pessoal no Facebook.
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A plataforma - assim como outras redes sociais, como o Twitter - tem sido questionada por, supostamente, tomar medidas mais duras contra as postagens sobre fraude eleitoral de Trump tardiamente.
Em resposta a essas críticas, Zuckerberg afirmou que o Facebook mantinha o direito de postagem do presidente "por acreditar que o público deve ter acesso ao mais amplo discurso político possível, mesmo os considerados controversos".