Qual a origem do Papai Noel? O santo, o poema e o desenho por trás da lenda
O Papai Noel como conhecemos foi inspirado em outro bom velhinho, bem mais antigo. No Brasil, houve tentativa de substituir o Noel por outra figura bem brasileira, o Vovô ÍndioEra uma vez um homem velho, conhecido por sua infinita bondade com as crianças. Dizia-se até que cultivava o costume de subir os telhados das casas e deixar pelas chaminés presentes para os pequenos. Contudo, somente para aquelas bem comportadas. Este bom velhinho existiu mesmo. Chamava-se Nicolau, morreu há mais de 1.600 anos, virou santo e, acredita-se, deu origem ao hábito de trocar presentes no Natal e até mesmo à própria figura do Papai Noel.
São Nicolau nasceu no século III d.C, por volta de 275, na cidade marítima de Patara, região que hoje corresponde à Turquia e, à época, pertencia ao Império Romano. Era de uma rica família cristã da região - mais de um século antes do cristianismo ascender como religião oficial do império. A história de São Nicolau, bem como a do Papai Noel, envereda muitas vezes pelo pantanoso caminho das lendas, em que ficção e realidade misturam-se. Ou seja, é difícil distinguir o ocorreu de fato do que foi criado na posteridade.
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Já na sua infância, começam aparecer relatos de santidade. Diz-se que, ainda recém-nascido, enquanto era banhado em uma bacia, ergue-se e ficou sobre os dois pés, para assombro geral. Nas quartas e nas sextas-feiras, não tomava o leite materno para respeitar o jejum. Já criança, em vez de brincadeiras, preferia a igreja. Adulto, foi ordenado sacerdote e, mais tarde, nomeado bispo da cidade de Mira. Uma das histórias mais conhecidas de São Nicolau conta como o religioso salvou três virgens da prostituição.
Segundo a narrativa, um pai idoso viúvo não tinha dinheiro para pagar o dote das filhas. Sem renda e, em breve, sem pai, o destino delas seria o meretrício. Sabendo do caso, São Nicolau, certa noite, enrolou moedas de ouro em um pano e jogou pela janela para dentro da casa da família. Com o dinheiro, a mais velha pôde pagar o dote e conseguir um bom casamento. Nicolau repetiu a operação mais duas vezes, de modo a contemplar as outras filhas. Na terceira vez, foi reconhecido pela família. Contudo, o benfeitor teria implorado que sua identidade permanecesse em segredo.
Nicolau gozou ainda em vida não só da fama de bondoso, patrocinada pela herança familiar utilizada em prol dos necessitados, mas também da reputação de taumaturgo - isto é, de fazedor de milagres. Um dos seus prodígios é basilar na construção de sua relação com as crianças. Segundo a hagiografia, certa feita, três jovens enviados para estudar teologia em Atenas optaram por passar a noite em uma pousada. O dono, porém, roubou e matou os três, escondendo seus corpos em barris.
O futuro santo, que até então era bispo, ia para o mesmo lugar dos três jovens e, no caminho, teve uma visão do crime cometido pelo anfitrião. Nicolau foi até a pousada, onde recuperou os corpos e, através das orações a Deus, restituiu a vida ao trio. Obrou ainda conseguir a redenção e conversão do dono da pousada, que dali em diante virou um fiel cristão.
Em vida, Nicolau usou a fortuna familiar para ajudar idosos, viúvas e crianças. Aos pequenos, o sacerdote entregava inclusive brinquedos. Nicolau faleceu em 343, no dia 6 de dezembro. Ao longo do século, foi difundida a história de que o bom e velho bispo, nos dias 6 de dezembro, iria de telhado em telhado deixando, através das chaminés, presentes para as crianças comportadas. Mas não iria só: com ele também estaria um “homem mau”, responsável por punir as crianças teimosas.
“Bastante generoso, bastante amigo do povo. Portanto, com aura de santidade por ser um bom homem, um bom bispo. Aí já começa a superstição”, analisa o teólogo Fernando Altemeyer, chefe do departamento de Ciências Sociais da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). “É difícil vislumbrar como ele vira o Santa Claus ou um gnomo no Polo Norte. De toda forma, é a ideia de que a gente precisa receber uma visita dos céus em um momento difícil”, explica.
Um dos santos mais retratados da Idade Média, Nicolau aparece continuamente com trajes vermelhos. A despeito da fama, ele foi, por séculos, um santo regional, mais conhecido para o lado bizantino do Império Romano, onde floresceu a ortodoxia. Seu túmulo havia se tornado um local de peregrinação. No novo milênio, com as investidas turcas sobre o território que, mais tarde, viria a ser seu, um grupo de soldados saqueou o túmulo de São Nicolau e levou seus restos mortais para a cidade de Bari, localizada no atual território italiano. Dali, o culto a Nicolau seria difundido pela Europa.
O culto a São Nicolau de Bari
Segundo a historiografia oficial do Vaticano, o roubo dos restos mortais de São Nicolau para Bari causou burburinho por todo o continente. O culto ao santo se espalhou primeiramente pela Itália - onde ainda hoje é muito presente, em especial no sul do país - e outros países da Europa Ocidental, inclusive naqueles que mais tarde atravessariam a Reforma Protestante, como a Alemanha.
De sua origem no então lado bizantino do Império Romano, berço da Igreja Ortodoxa que viria a ser dominante nos países eslavos, veio sua inserção em nações como Eslovênia e Rússia - desta última é, inclusive, padroeiro. O santo, por fim, ficou conhecido em todo o continente como São Nicolau de Bari, a cidade italiana, e não de Mira, a cidade turca em que viveu e operou seus prodígios.
Também era considerado padroeiro dos marinheiros e dos mercados - reza a hagiografia, em uma viagem de Nicolau à Terra Santa, o mar estremeceu e a ameaçou afundar o navio; a calmaria veio somente após uma oração do futuro santo. Isso contribuiu para que sua figura fosse difundida em nações com forte tradição naval, como Grécia e até Portugal, onde são comuns, ainda agora, as Festas Nicolinas.
A data da morte de Nicolau, 6 de dezembro, próxima ao fim do outono e início do inverno no Hemisfério Norte, virou festival em várias regiões de língua germânica, como nos Países Baixos. Lá, o evento era conhecido como Festival de Inverno de São Nicolau. Em neerlandês, Sintklaas, corruptela de Sint Nikolaas. Durante a festa, era tradicional presentear as crianças com doces. Os pequenos costumavam deixar meias junto a lareiras ou cadeiras para encontrá-las, ao acordar, repleta de chocolates e bombons.
Séculos mais tarde, imigrantes neerlandeses estabeleceram na América um assentamento chamado Nova Amsterdã. Abriram ali a primeira igreja dedicada a São Nicolau, isto é, a Sintklaas. Nova Amsterdã deu origem à cidade de Nova York. No inglês, Sintklaas virou Santa Claus, termo pelo qual é conhecido nos Estados Unidos e Canadá.
Anos mais tarde, em especial a partir do século XX, os norte-americanos não utilizavam mais Santa Claus para se referir a São Nicolau, o santo de Mira protetor das crianças, e sim a outro velhinho, também de vermelho, que presenteia as crianças, mora no Polo Norte na companhia dos elfos e bebe Coca-Cola.
De trenó, Noel entra em cena
Na construção mítica do Papai Noel, é possível rastrear referências milenares. É o caso de Odin, que nos países nórdicos vinha a cavalo, sobre as nuvens, presentear ou punir as crianças, conforme seu comportamento. Na mitologia romana, por ocasião das festividades da deusa Strenia, os fiéis trocavam presentes. Já depois de Cristo, há São Nicolau e as chaminés. Contudo, o verdadeiro desenho da sua figura de Noel tal como a conhecemos hoje, começa a ser rabiscada no século XIX.
Em 1823, um poema publicado no jornal Troy Sentinel, de Nova York, narrava a história de uma pai que, na véspera do Natal, ouviu um ruído vindo do quintal. Era noite, o chão estava coberto de neve, suas duas filhas dormiam. Ao aproximar-se da janela, percebeu um trenó estacionado ali, amarrado a oito renas. A carruagem era conduzido por um velhinho ágil, trajado de vermelho, cabelos e barbas brancos como a neve, que chegou rapidamente ao telhado da casa, desceu pela chaminé, encheu as meias das crianças de presentes e foi embora, sujo de fuligem. O pai, testemunha da benfeitoria, não teve dúvida: São Nicolau visitou a casa. Aliás, Santa Claus.
A história foi escrita por Clement Clark Moore, escritor e teólogo estadunidense, para suas filhas. Ele não tinha intenção de publicar o poema, chamado “A Visit From St. Nicholas". Contudo, uma das meninas acabou por mostrar o texto a uma senhora chamada Harriet Butler, que enviou a narrativa para publicação. Daí em diante, uma miríade de elementos, figuras, símbolos, de cristãos a pagãos, de jornalísticos a fictícios, foram amalgamados ao longo dos anos até formar a figura que, hoje, conhecemos como Papai Noel.
Em 1863, o jornalista estadunidense Thomas Nast, unionista convicto e um dos cartunistas mais importantes do país, publicou na Harper’s Weekly, em plena Guerra Civil Americana, a ilustração de São Nicolau, o Santa Claus, em trajes semelhantes a de um bispo, a visitar um acampamento de guerra (foto acima). Uma das novidades de Nast foi desenhar a figura com o tradicional gorro arrematando a cabeça. Ao longo das décadas seguintes, o cartunista ilustrou inúmeras vezes Santa Claus, sempre com o gorro, barbas e cabelos profusos e o traje de inverno.
Sua ilustração de 1881 publicada na mesma revista é um dos cartuns mais reproduzidos do país. Nela, Santa Claus aparece com quase todos os elementos pelos quais é conhecido hoje como Papai Noel. Na década de 1920, a empresa Coca-Cola passou a veicular anúncios com a figura “rígida” de Santa Claus inspirada nos desenhos de Nast, como a própria companhia descreve em seu site oficial. Até então, ele aparecia como no imaginário popular: próximo à chaminé, entregando presentes.
Na década seguinte, o artista Fred Mizen pintou para a companhia, pela primeira, um Santa Claus bebendo Coca-Cola. A revolução na imagem do Bom Velhinho, no entanto, viria com o ilustrador Haddon Sundblom, contratado para reformular o desenho de Santa Claus em versão mais humana da figura, baseando-se no poema de Clement Moore e na obra “Uma canção de Natal”, do britânico Charles Dickens.
A ilustração de Sundblom , lançada em 1931, apareceu em algumas das publicações mais tradicionais dos Estados Unidos, como The New Yorker e National Geographic. De 1931 a 1964, ele desenhou um Santa Claus mais caloroso, rechonchudo, confortável em suas vestes vermelhas, a tomar Coca-Cola, a entregar presentes, a brincar com crianças. Exatamente a figura que chegou ao Brasil.
Ao longo dos séculos, a tradição nicolina de trocar presentes no festival de inverno, no 6 de dezembro, na proximidade do solstício de verão - período adotado pelo cristianismo para celebrar o Natal -, foi sendo mesclada com o nascimento de Cristo. Os dois costumes foram se aproximando nos países do Hemisfério Norte e, em algumas nações, o 6 de dezembro de São Nicolau foi paulatinamente abandonado até ser fundido com o 25 de dezembro, data sobre a qual acabou por incidir o costume de presentear.
Em outros países, como a Eslovênia, Áustria, Alemanha e Itália, as duas datas persistem. No 6 de dezembro, é costume reunir crianças e presenteá-las com doces, assim como nos Países Baixos, no Sintklaas. A figura, inclusive, é de um um homem velho, barba e cabelos brancos, vestido em trajes vermelhos - trajes vermelhos do sacerdócio. Por fim, em especial em países de tradição protestante como Reino Unido, EUA e Canadá, São Nicolau, o Santa Claus, foi progressivamente convertido, com força do comércio, no Papai Noel.
Papai Noel no Brasil e o Vovô Índio
A despeito de ser o maior país católico do mundo, no Brasil o culto a São Nicolau não teve maior eco. Seja pela massiva campanha publicitária em torno do Papai Noel, ou mesmo pela menor divulgação que o São Nicolau, um santo muito conhecido na Europa medieval e ainda hoje popular na Igreja Ortodoxa, teve por aqui com a Igreja Católica.
“A tradição de Nicolau como santo é mais ortodoxa. Temos pouquíssima gente de países eslavos [de maioria ortodoxa] aqui [no Brasil]. Já aqui, no Brasil, a influência das festas natalinas foram todas marcadas pela colonização portuguesa. Por exemplo, quando os portugueses chegaram aqui, já trouxeram o presépio. No litoral, algumas tradições ficaram mais fortes. Já no interior, depende de quem levou a tradição, de como os indígenas receberam”, exemplifica Altemeyer.
O teólogo, de ascendência europeia, conta que, na infância, não costumava receber presente no 25 de dezembro, e sim no 6 de janeiro, o Dia de Reis, que lembra os três reis magos que visitaram Jesus após seu nascimento - neste dia, em algumas regiões do Nordeste brasileiro, ainda é comum o reisado. O 6 de janeiro, por sinal, é a mesma data em que as igrejas ortodoxas adeptas do calendário juliano, como a russa e a ucraniana, comemoram oficialmente o Natal, e não o 25 de dezembro da Igreja Católica.
Inversamente proporcional à pequena inserção de São Nicolau no Brasil é a fama do Papai Noel. O sucesso do Bom Velhinho, importado dos EUA, foi tamanho que, no século passado, virou questão de governo. Na década de 1930, a Ação Integralista Brasileira (AIB), de inspiração fascista, buscou fundar um panteão de símbolos nacionais. Entre eles, um substituto para o Papai Noel, o Vovô Índio, uma figura mítica criada por escritores nacionalistas.
O Vovô Índio era filho de um africano escravizado com uma indígena brasileira. Foi criado por uma família branca, que o livrou da escravidão. Em suma, o ícone da falsa tese da democracia racial no País. “As crianças eufóricas deveriam aguardar um senhorzinho muito amigo das árvores, vestido com penas de todas as cores dos passarinhos, que distribuía presentes para as crianças brasileiras”, descrevem Leandro Pereira Gonçalves e Odilon Caldeira Neto, autores do livro O fascismo em camisas verdes, sobre o movimento integralista.
Para a AIB, o Noel seria uma criação do imperialismo. O ditador Getúlio Vargas, ora simpático ao movimento, ora algoz, simpatizou com o Vovô Índio. Ordenou um espetáculo de estreia, abriu os portões do estádio São Januário e as crianças correram para ver o Bom Velhinho. No palco, entra um idoso de cocar, tanga, tacape e uma sacola de presentes. Na plateia, as crianças choraram e pediram a volta do Papai Noel. O Vovô Índio partiu para a aposentadoria.
O estrangeirismo do Papai Noel, contudo, não vem só do seu país natal. O próprio nome “Noel” é importado. Vem do francês antigo nouel, que significa “período natalino, natal”. É variante de nael, que, por sua vez, vem do latim natalis (dies), o “dia do nascimento", referência da Igreja ao nascimento de Cristo. Na França, o Bom Velhinho ficou conhecido como Père Noël, literalmente, Papai Natal. No Brasil, père foi traduzido para pai. Noël perdeu o trema, mas continuou Noel.
Por décadas, a despeito da imponência do Império Britânico, o francês foi língua franca, com inserção nas elites do Brasil e do mundo. Para o professor de Letras Estrangeiras da Universidade Federal do Ceará, Josenir Alcântara, a influência cultural da língua de Paris explica, em parte, por que falamos Papai Noel.
“Parece-me que tal fato reflete o longo tempo de influência da cultura francesa sobre a nossa cultura, bem antes da projeção da cultura de língua inglesa. A penetração da influência francesa em nossa cultura é sentida até nas nossas manifestações da cultura popular, como em anavantur, anarriê, em nossas quadrilhas juninas”, aponta o docente.
Presépio, lapinha, estrela: os símbolos do Natal
Para além de São Nicolau, gorro, trenó, renas e Papai Noel, o Natal, a festa da natividade cristã, traz em seu bojo outros símbolos que, embora variem conforme regiões, são típicos do período. É o caso da Coroa do Advento, que faz referência ao período litúrgico do Advento. A época compreende os quatro domingos anteriores ao nascimento de Cristo, que antecedem a comemoração da vinda do filho de Deus.
Segundo a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, a coroa “ tem sua forma circular – simbolizando a eternidade de Deus, que não possui início nem fim; feita de ramos verdes – que significa a continuidade da vida, a esperança; com 4 velas: geralmente, três velas são roxas e uma é rosa e fitas vermelhas, a coroa do Advento é considerada, tradicionalmente, como “o primeiro anúncio do Natal”.
O presépio, por exemplo, trazido pelos portugueses na colonização, nasceu na Itália. “Na época, Maria e José estavam em movimento para o recenseamento e não tinha pousada, nada. Eles foram a uma estrebaria, no manjedouro [onde os animais comem]. Nosso Senhor nasceu por ali, entre os pobres. O presépio foi uma ideia muito bonita, muito sábia, de São Francisco de Assis, que quis colocar os animais, os outros elementos”, explicou, em conversa com O POVO, o padre Gilson Soares, da Paróquia de Nossa Senhora das Graças, no bairro Manoel Sátiro, em Fortaleza.
A lapinha, a tradicional árvore de Natal, também tem origem no Hemisfério Norte. O período natalino coincide com o fim do outono e início do inverno, época em que a maioria das árvores acaba desfolhada. O pinheiro, por outro lado, mantém suas folhas. A árvore, então era enfeitada com frutos e outros adereços para simbolizar a vida - o nascimento de Cristo. Costuma ser arrematada, no topo com uma estrela, a estrela-guia da Bíblia, que guiou os reis magos para Belém, ao encontro do menino Jesus.
Já o costume de acender velas especiais para o Natal - que, possivelmente, ecoa no hábito de pôr os tradicionais "pisca-pisca" nas casas - pode ter origem em uma tradição judaica. Conforme explica o teólogo Fernando Altemeyer, professor da PUC-SP, “o cristianismo é todo fundado com a experiência da Páscoa. Na primeira, segunda geração cristã, Natal não tinha tanta importância. Pegaram isso do judaísmo, da onde veio o cristianismo. É o hanukkah, a festa da luz. Eles colocam velas, candelabros nas janelas, para dizer que a luz vence”, explica.
A despeito de seu início tímido no seio das tradições cristãs e da sua extensa simbologia, padre Gilson Soares destaca que o Natal é, sobretudo, sobre Cristo. “A simbologia do Natal, é uma riqueza. Por mais que a gente queira explicar, não chega ao detalhe”, indica o sacerdote. “Eu acredito que Natal é família, é o coração que se abre para Jesus habitar mais uma vez em nós. A centralidade do cristianismo, como o nome diz, é Jesus Cristo. Tudo mais é preparação, até a coroa do advento.
Em um ano marcado pela pandemia do novo coronavírus, que vitimou mais de 186 mil brasileiros, padre Gilson espera que este Natal, como no nascimento de Jesus, seja um momento de união, em casa, com aqueles que amamos. Ele, como em tantos anos, deve passar a data no altar.
A configuração da igreja, neste 2020, deve ser diferente: menos gente, mais câmeras, álcool e máscaras. Ainda assim, vê neste momento de fé uma oportunidade de celebrar a Deus: “Vamos lembrar as pessoas queridas, que foram tiradas de nós, levadas à casa do Pai. Ao mesmo tempo, vamos estar com as famílias sofridas. É isso que devemos fazer, nos solidarizar com as famílias enlutadas e ao mesmo tempo trazer uma mensagem de esperança”.
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