Há 45 anos, sonda soviética Venera-9 pousava em Vênus e enviava primeiras fotos do planeta
Após 136 dias de vôo, a sonda Venera-9 pousou na superfície de Vênus no dia 22 de outubro de 1975. O objetivo era realizar pesquisas científicas
O dia 22 de outubro de 1975 virou história quando a sonda soviética Venera-9 foi a primeira a pousar na superfície de Vênus. A sonda foi lançada no dia 8 de junho e viajou mais de 300 milhões de quilômetros em 136 dias.
Ao pousar em Vênus, um planeta cuja temperatura pode chegar até 480ºC, Venera-9 pôde enviar as primeiras imagens panorâmicas da superfície extraterrestre. Por elas, foi possível observar “afloramentos de rochas” e quebra de pedras que podem ser resultado de atividades tectônicas no planeta.
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A aterrissagem foi suave e ocorreu no lado iluminado de Vênus, bem no hemisfério norte, descreve a empresa estatal russa Roscosmos. A sonda transmitiu informações da superfície por 53 minutos. Entre elas, o equipamento mediu a densidade, pressão, temperatura da atmosfera, quantidade de vapor d'água e também a iluminação na superfície do planeta. Foi possível analisar, por exemplo, que 5% a 10% da energia solar atingem a superfície de Vênus.
Vênus em 2020
Após 45 anos, Vênus protagonizou mais um dia histórico em 14 de setembro de 2020. A data marca a publicação da descoberta da fosfina em Vênus, uma substância química que pode ser um indicador de vida (não significa que é definitivamente).
Com os conhecimentos científicos atuais, os cientistas entendem que a fosfina, na quantidade observada na atmosfera de Vênus, só é produzida artificialmente ou pela atividade metabólica de algumas bactérias em ambiente sem oxigênio, como no caso do planeta. Agora, os pesquisadores trabalham em entender o que provoca a quantidade da substância no planeta.
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