Democratas acusam Trump de inflamar tensões raciais para beneficiar campanha
Os democratas norte-americanos acusaram, neste domingo, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de tentar inflamar as tensões raciais e incitar a violência para beneficiar a sua campanha eleitoral. Desde a morte de George Floyd, em maio deste ano, o país registra uma série de protestos do movimento antirracista intitulado como BlackLivesMatter.
Neste fim de semana, a cidade de Portland, no Estado do Oregon, teve um forte confronto entre apoiadores do presidente e um grupo de manifestantes, o que resultou na morte de um homem. Neste domingo, entretanto, Trump elogiou nas redes sociais os apoiadores que participaram do conflito, classificando-os como "Grandes patriotas". Ele também compartilhou publicações do Twitter que culpam o prefeito democrata da cidade pela morte registrada na madrugada de ontem.
"O povo de Portland, como todas as outras cidades e partes de nosso grande país, querem Lei e Ordem", publicou Trump em sua conta do Twitter no final da tarde de hoje. "Os prefeitos democratas da esquerda radical, como o idiota que dirige Portland, ou o cara agora em seu porão, que não quer liderar ou mesmo falar contra o crime, nunca serão capazes de fazê-lo!", acrescentou.
A cerca de nove semanas até o dia da eleição, o presidente reforça o discurso da necessidade de lei e ordem, atribuindo a falta de controle em outras cidades aos democratas. Estes, entretanto, seguem acusando Trump de torcer pelo caos e de tentar fomentar mais violência para obter ganhos políticos, em vez de tentar reduzir as tensões. O rival do republicano, Joe Biden, disse em um comunicado que "ele (Trump) pode pensar que a guerra em nossas ruas é boa para suas chances de reeleição, mas isso não é liderança presidencial ou mesmo compaixão básica".
Outro democrata, o prefeito de Portland, Ted Wheeler, também culpou o presidente pelos atritos. "Você realmente se pergunta, senhor presidente, porque esta é a primeira vez em décadas que a América viu este nível de violência? Foi você quem criou o ódio e a divisão", afirmou em uma entrevista à rede de televisão norte-americana.
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