Um país dentro do outro: a história dos brasileiros no Líbano e dos libaneses no Brasil

Hoje, há mais libaneses no Brasil que no Líbano. A comunidade é uma das mais atuantes na economia e na política brasileira, além do peso na cultura. E tudo começo ainda no século XIX

Em 1876, o imperador dom Pedro II chegava ao Oriente Médio após viajar pela Grécia. Pedro de Alcântara, como era anunciado, chamou atenção não apenas por ser um monarca viajante. Seu sobrenome, Alcântara, tem raiz árabe, vem de “al-kantara”, palavra que define uns arcos de pedra típicos da região. Caminhou por territórios que, hoje, correspondem a Israel, Egito, Síria, Cisjordânia, Sudão e Líbano. Sobre este último, escreveu: “O Líbano ergue-se diante de mim com seus cimos nevados, seu aspecto severo, como convém a essa sentinela da Terra Santa”.

Para muitos, esta viagem do soberano brasileiro marca um ponto de inflexão na imigração libanesa para o Brasil. De fato, foi na segunda metade do século XIX que teve início o maior fluxo de expatriados daquela nação para cá, embora a presença árabe no País seja ainda mais antiga. Porém, quando investigou esta história para seu livro, Imigração Árabe no Brasil: história de vida de libaneses muçulmanos e cristãos, a professora Samira Adel Osman não encontrou nada que apontasse a influência do imperador para aumentar o fluxo de libaneses a caminho do território tupiniquim.

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“Originalmente, eles não vêm para o Brasil, vêm para a América, entendendo que era a possibilidade de refazer a vida. Aí iam desembarcando nos portos, desembarcando em Buenos Aires, no Rio de Janeiro, em Santos, e alguns nos Estados Unidos. A América em si é que era o destino”, explica o professor de História Contemporânea da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Murilo Bon Meihy. Descendente de libaneses, Murilo estuda o tema e é autor do livro Os Libaneses, uma publicação histórica e afetiva sobre o país e seu povo.

Todavia, os libaneses estão aqui e por toda a parte. São nomes presentes na política, como Haddad, Temer, Jereissati, Simon, Maluf, Chalita; presentes na mídia, como Bonner, Chacra, Sadi; presentes na economia, como Skaff, Otoch, Safra; assinaram seu nome na cultura nacional com Hatoum, Nassar e Fagner; deixaram sua marca na culinária, como os populares quibe e esfiha.

Quando a explosão na região portuária de Beirute eclodiu, devastou consigo não apenas uma infraestrutura central de um país dependente de importações, mas também parte da história do Líbano, da sua capital e do próprio Brasil. Responsável por 60% de tudo que entra na pequena nação do Oriente Médio, o porto de Beirute também foi a porta de saída para os milhares que cruzaram o Mediterrâneo e o Oceano Atlântico em busca de melhores condições de vida.

Nas cercanias daquele porto foi erguida uma estátua de um homem com uma trouxa na mão, homenagem ao emigrados que saíram dali para outros países. O monumento escapou à explosão, a despeito da onda de choque e da proximidade da cratera criada pelo impacto. Não é o único do tipo no país. Em Biblos, uma das cidades mais antigas da história humana, outro monumento homenageia emigrados: uma estátua de um homem que acena um adeus, sustentada por uma pedra em que estão desenhados os continentes.

A homenagem à diáspora fica na Praça aos Emigrantes Libaneses e fala diretamente a uma realidade conhecida de todo o país. Hoje, há mais libaneses por todo o mundo que no Líbano. Na verdade, o total deste povo e descendentes espalhados pelos países do globo chega a ser o dobro da população residente ali. No Brasil, os números são incertos. Os oficiais não passam de estimativas: desde a década de 1990, o governo brasileiro estima algo entre 6 milhões e 10 milhões de descendentes de libaneses.

Neste ano, a Câmara de Comércio Árabe Brasileira divulgou um recenseamento, realizado pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope), no qual a comunidade árabe e seus descendentes representam 12 milhões de brasileiros. Desse total, 27% identifica-se como proveniente de libaneses, 13% de sírios. Mas esta diferenciação é complexa e pode, afinal, sustentar a estimativa do governo brasileiro de cerca de 10 milhões de libaneses.

Isso porque no início da imigração sírio-libanesa, para o Brasil, não existiam Líbano nem Síria. Pelo menos não enquanto estados nacionais. Os territórios que hoje correspondem a estes países integravam o então Império Turco-Otomano. Quando imperador Pedro II visitou a região, caminhou por todos aqueles países sem sair dos domínios do sultão otomano. Portanto, todos adentravam no Brasil como otomanos, um povo de origem turca, e logo ganharam apelidos de turcos.

Foi somente ao longo do século XX que Líbano e Síria concretizaram-se em torno de estados e identidades nacionais. Até então, a difusa fronteira os fazia sírio-libaneses simultaneamente. Um exemplo é o Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, um dos mais importantes do Brasil, idealizado pelo imigrante Adma Jafet. Para entender melhor, é preciso voltar alguns anos.

A história da diáspora

A segunda metade do século XIX foi de crise na região do Oriente Médio. O Império Otomano promovia reformas de administração política do Monte Líbano - área que, hoje, corresponde a grande parte do território libanês -, o que acabou por acentuar o sectarismo entre as comunidades residentes ali. Atualmente, a Constituição do Líbano reconhece 18 comunidades confessionais - isto é, identificadas pela religião -, que se representam e se regulam de acordo com as suas próprias regras.

Por exemplo, não há casamento civil no Líbano. Se um cristão maronita quer casar, é a comunidade maronita que regula a legalidade do processo. O mesmo para muçulmanos sunitas, xiitas, para os drusos, os cristãos melquitas, os cristãos greco-ortodoxos e assim sucessivamente - cada qual se regula. Este sistema pluriconfessional que, inclusive, divide a representação política do Líbano (o presidente é cristão maronita, o primeiro-ministro é muçulmano sunita, o presidente do Parlamento é muçulmano xiita), embora tenha se originado no século XX por influência do colonialismo francês, possui raízes mais antigas.

Historicamente, estes grupos foram forçados a uma convivência política devido o Império. Movimentos nacionalistas com base confessional floresceram na região. Já no século XIX, cristãos e drusos, por exemplo, se enfrentavam nas montanhas do Líbano - ainda não que em uma guerra conflagrada. Para piorar, as condições econômicas se deterioraram. “Na segunda metade do século do XIX é um período de forte crise da indústria da seda, muita vinculada à geração de empregos no que é hoje a região do Monte Líbano”, explica o professor Murilo Meihy.

 

Loja sírio-libanesa em São Paulo. Ao longo do século, libaneses se estabeleceram como mascates e comerciantes por todo o país
Loja sírio-libanesa em São Paulo. Ao longo do século, libaneses se estabeleceram como mascates e comerciantes por todo o país (Foto: Museu da Imigração)

Com efeito, o Império Otomano caminhava, aos poucos, para a decadência e desintegração, concretizada após a derrota na Primeira Guerra Mundial, quando lutou ao lado dos alemães e italianos. Muitos libaneses vieram para cá a fim de evitar lutar pelo exército otomano em um conflito que não era seu e, não obstante, em defesa de um Império do qual não se consideravam parte. Só depois disto nasceram Síria e Líbano.

Em 1920, o país foi criado oficialmente, mas ficou sob tutela da França. Somente em 1943, em plena Segunda Guerra Mundial, teve a independência reconhecida. Em meio a este contexto e o crescimento da América, muitos libaneses deixaram suas famílias e embarcaram nos portos rumo ao Novo Continente. Aqui, uma vez estabelecidos, mandavam vir os familiares.


Os libaneses no Brasil

Hoje, o sobrenomes libaneses no Brasil fazem parte do cotidiano. Muitos passam despercebidos, como Ary; grande parte foi aportuguesada, como o Lubus (Lopes). Descendentes de árabes têm se destacado, há décadas, na política brasileira. O ex-presidente Michel Temer é um exemplo claro. É o mesmo caso de Fernando Haddad, ex-prefeito de São Paulo e candidato derrotado do Partido dos Trabalhadores à Presidência em 2018, e do senador cearense Tasso Jereissati (PSDB).

 

Ex-prefeito de São Paulo e candidato derrotado à presidência da República em 2018, Haddad descende de libaneses
Ex-prefeito de São Paulo e candidato derrotado à presidência da República em 2018, Haddad descende de libaneses (Foto: Alex Gomes)

 

Mas a lista é ainda maior: podemos lembrar a deputada federal Jandira Feghali, o ex-senador gaúcho Pedro Simon e o senador sul-mato-grossense Nelsinho Trad. Paulo Maluf e Gabriel Chalita (PDT) também levam o DNA dessa parcela populacional dos brasileiros. Entre os governadores, há Gladson Cameli (Acre) e Helder Barbalho (Pará). Em 2015, 8% do Congresso brasileiro tinha descendência libanesa, segundo pesquisa da Universidade Saint-Espirtit de Kaslik, do Líbano.

 

William Bonner também tem descendência libanesa. Sua família veio de Rachaya, vilarejo no Vale do Beqaa
William Bonner também tem descendência libanesa. Sua família veio de Rachaya, vilarejo no Vale do Beqaa (Foto: Reprodução/Rede Globo)

 

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) Paulo Skaf é de origem libanesa, bem como Joseph Safra, dono do Banco Safra e considerado, pela revista Forbes, o banqueiro mais rico do mundo. De um único vilarejo libanês, Rachaya, vieram ao Brasil três sobrenomes de destaque no jornalismo nacional: Guga Chacra, Andréia Sadi e William Bonner (que é o árabe Bon Nemr aportuguesado).

Embora este sucesso não seja um fator comum a todos, é possível rastrear algumas razões. “Os libaneses vêm para o Brasil e se concentram em sua grande maioria nas cidades. É uma migração eminentemente urbana. Originalmente, a intenção desses imigrantes era fazer uma migração temporária pro Brasil. Vir pro Brasil, ficar aqui dois, três anos, juntar dinheiro e voltar pro Líbano. O problema é que por conta dessa situação de instabilidade [no Líbano], o que era temporário passou a ser permanente”, explica Murilo Meihy, em referência à turbulência pela qual o país atravessaria ao longo do século XX, como o mandato colonial francês, os debates em torno da independência e as disputas internas dos grupos confessionais pelo controle do Estado libanês, o que levaria por fim à Guerra Civil Libanesa (1975-1990).

“Esses indivíduos passaram a se casar em território brasileiro, a ter filhos, e, como estratégia de assimilação ao Brasil, fazer com que esses filhos fossem estudar, percorrer carreiras que não fossem única e exclusivamente o comércio, como é próprio dos libaneses. Então você tem uma segunda geração de libaneses que vai fazer direito, engenharia, medicina. A ideia é que o diploma dê a essa segunda geração o prestígio que a primeira geração não teve. Muitos médicos, engenheiros, advogados acabam optando pela política também como uma outra forma de prestígio social, o que justifica em determinadas épocas, o grande volume de sobrenomes libaneses entre as figuras políticas no Brasil”, conclui Meihy, ele mesmo descendente de uma família de comerciantes libaneses.

 

Nos livros "Dois Irmãos" e "Relatos de um certo Oriente", ambientados em Manaus, Hatoum reconstrói a presença libanesa na Amazônia
Nos livros "Dois Irmãos" e "Relatos de um certo Oriente", ambientados em Manaus, Hatoum reconstrói a presença libanesa na Amazônia (Foto: Divulgação)

 

O prestígio veio, e não somente na política ou na economia. Culturalmente, o Brasil é celeiro de muitos prestigiosos nomes que carregam, na assinatura ou no sangue, uma descendência libanesa. É o caso do escritor manauara Milton Hatoum, que, em suas obras Dois Irmãos e Relatos de um certo Oriente, reconstitui parte da migração libanesa na Amazônia. Raduan Nassar escreveu pouco, uma novela, um romance e um livro de contos - o bastante para ser galardoado com a maior distinção literária da língua portuguesa, o Prêmio Camões. 

É a mesma origem de Antônio Houaiss, dicionarista que empresta o nome ao dicionário Houaiss, um dos mais conhecidos do País. Hoje, novos nomes, como o escritor Alberto Mussa, continuam a derramar a influência oriental em suas obras; outros são conhecidos por sua atuação, como a filósofa Marilena Chauí. O cearense Fagner, desde a década de 70, se destaca no cenário musical brasileiro, bem como a cantora Wanderléa, e o violeiro Almir Sater, a partir dos anos 80.

 

Atriz Nanda Costa Cotote tem descendência libanesa, assim como Malu Mader e Luciana Gimenez
Atriz Nanda Costa Cotote tem descendência libanesa, assim como Malu Mader e Luciana Gimenez (Foto: DIVULGAÇÃO)

 

A presença do grupo está também na televisão com nomes como a Malu Mader, Maurício Mattar e Nanda Costa (de sobrenome Cotote), além da apresentadora Luciana Gimenez (cujo último nome é Morad), bem como o diretor de cinema e comentarista Arnaldo Jabor. Esta imigração inspira não só autores que descendem pelo sangue, mas os que, em seu entorno, perceberam o mundo construído, no Brasil, pelos expatriados. Em 1994, Jorge Amado escreveu A descoberta da América pelos Turcos, mas muito antes já apareciam em outras obras personagens como o Nacib, dono do bar Vesúvio em Gabriela Cravo e Canela.


Um Brasil dentro do Líbano: o Vale do Beqaa

Com menos de 10.500 quilômetros quadrados, o Líbano é menor que Sergipe, o menor estado brasileiro. Nosso Distrito Federal, por exemplo, corresponde a mais da metade do território libanês. Ainda assim, há espaço, dentro do Líbano, para um pequeno Brasil. É no Vale do Beqaa, as aldeias de Lusi e Sultan Yaacoub. Ali, o português é a língua corrente e os brasileiros chegam a ser a maioria da população em Sultan Yaacoub.

 

Vilarejo Sultan Yaacoub, no Líbano, tem maioria de brasileiros. O português é a língua corrente e a culinária brasileira está presente nos restaurantes
Vilarejo Sultan Yaacoub, no Líbano, tem maioria de brasileiros. O português é a língua corrente e a culinária brasileira está presente nos restaurantes (Foto: via Whatsapp O POVO)

 

Segundo o Itamaraty, pelo menos 20 mil brasileiros vivem no Líbano, população superior à de 1.700 municípios brasileiros. A maioria vive no Vale de Beqaa, uma importante região para o país por suas terras férteis, e descende de libaneses que viveram no Brasil. “O pessoal de Sultan, há muitos anos, eles iam de barco para chegar no Brasil. Começaram mascateando e fizeram a vida, hoje estão bem de vida, hoje você vê as mansões aqui, as casas maravilhosas, são todas do pessoal que trabalhou no Brasil”, conta Syham Orra Saghir, nascida no Brasil de pais libaneses. “Esses que ontem eram mascates, a maioria hoje é dona de fábrica, de lojas de móveis”, conclui.

Syham viveu no Brasil até os 18 anos, quando os pais decidiram voltar. Já está no Líbano há 18 anos, é professora de zumba e casada com um colombiano de descendência libanesa. Seus filhos, já nascidos ali, falam o árabe, o português e o espanhol. Na cidade de Sultan Yaacoub, onde vive, a população, como ela, é muçulmana sunita e a maioria fala português. Os letreiros e cardápios em restaurantes estão em português, e os estabelecimentos servem pastéis, pão de queijo e refrigerante de guaraná. Na tevê, assistem Globo e Record.

“A gente acaba muitas vezes não se conhecendo por aqui, mas se conheceu lá no Brasil”, explica Syham. “A comunidade é dividida entre o Líbano e o Brasil, lá em São Paulo. Por exemplo, nossa cidade se chama Sultan. O pessoal de Sultan, toda a maioria mora em São Paulo, São Bernardo, Santo André. Eu morando lá, minha tia estava aqui, minha prima estava aqui. Todo mundo tem ligação. Metade está aqui, metade está lá”, arremata.

 

A brasileira-libanesa Syham Orra Seghir, com os filhos, em protesto no Líbano por melhores condições de vida e contra a corrupção do governo
A brasileira-libanesa Syham Orra Seghir, com os filhos, em protesto no Líbano por melhores condições de vida e contra a corrupção do governo (Foto: Reprodução/Instagram)

O vilarejo de Syham está a mais de 60 quilômetros da capital, Beirute, e é mais próximo da Síria. Ainda assim, quando o nitrato de amônio explodiu no porto no dia 4 de agosto, eles ouviram. Mais tarde, perceberam a coluna de fumaça. A partir daí, deram início a uma mobilização para auxiliar os afetados. “Não vou mentir, até hoje estamos muito abalados, você não tem pique para sair, vai fazer ginástica não está vibe. Nossos jovens estão todo dia descendo [rumo à cidade] para ajudar, as senhoras, mães como eu, estão fazendo a busca por doações, alimentos. Teve gente que já fez a busca por dinheiro”, relata Syham.

“Cada um de nós está se encarregando de algo para ajudar porque, realmente, foi a maior tragédia da história do Líbano”, desabafa a libanesa-brasileira. A crise já vinha de antes - desde o ano passado, as ruas do país estão convulsionadas por protestos por melhores qualidades de vida e contra o sistema político, considerado corrupto e sectário. A dívida externa, uma das maiores do mundo, é de 150% do PIB; o desemprego atinge um a quatro libaneses. Os protestos, iniciados em outubro, derrubaram o governo. Seis dias após a explosão no porto, o novo governo renunciou. Ainda assim, Syham conta que nunca pensou em deixar o país. “Rezo todos os dias para que melhore isso. Eu quero ficar aqui”.

O que ler e assistir para entender o Líbano


A arte é onipresente no Líbano. Desde a sua arquitetura milenar até a literatura de tradição oriental, o país deu ao mundo nomes como Khalil Gibran e o cantor Mika. Keanu Reeves nasceu em Beirute, embora de pais estrangeiros. A seguir, algumas obras para entender e mergulhar em pelo menos um pedaço no Líbano moderno:

 

Filme "O Insulto", do diretor Ziad Doueiri, foi o primeiro longa libanês indicado ao Oscar
Filme "O Insulto", do diretor Ziad Doueiri, foi o primeiro longa libanês indicado ao Oscar (Foto: Divulgação)

- O Insulto (2017, dir. Ziad Doueiri)
Foi o primeiro longa libanês indicado ao Oscar. Conta a história de um briga pequena entre um cristão e um muçulmano que acaba por mobilizar todo o país e reabre as feridas mal curadas da Guerra Civil (1975-1990).

 

Filme "E agora, aonde vamos?" da diretora Nadine Labaki, comédia dramática sobre a Guerra Civil Libanesa
Filme "E agora, aonde vamos?" da diretora Nadine Labaki, comédia dramática sobre a Guerra Civil Libanesa (Foto: Divulgação)

- E agora, aonde vamos? (2011, dir. Nadine Labaki)
Nesta comédia dramática, às vésperas da eclosão da Guerra Civil, um grupo de mulheres cristãs e muçulmanas tenta diminuir a tensão entre os homens em seu vilarejo. Para isso, dão um “golpe” e assumem o poder do local.

 

Filme "Valsa com Bashir", do diretor Ari Folman, é um documentário dramático em formato de animação sobre a guerra libanesa-israelense de 2006
Filme "Valsa com Bashir", do diretor Ari Folman, é um documentário dramático em formato de animação sobre a guerra libanesa-israelense de 2006 (Foto: Divulgação)

 

- Valsa com Bashir (2008, dir. Ari Folman)
O filme israelense é um animadoc, ou seja, um documentário em animação. Conta a história da Guerra do Líbano, em 2006, que terminou com a capital libanesa, Beirute, ocupada pelo exército de Israel.

 

Livro do historiador Murilo Meihy, publicado pela editora Contexto
Livro do historiador Murilo Meihy, publicado pela editora Contexto (Foto: Divulgação)

 

- Os Libaneses, de Murilo Meihy (Editora Contexto)
Livro do historiador brasileiro e filho de libaneses Murilo Meihy, a obra faz um apanhado do Líbano, desde os fenícios até a modernidade. Com linguagem simples, traz também um caráter afetivo sobre a terra dos cedros, sem deixar de lado a precisão histórica.

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