Mais de 9 mil pessoas são presas em oito dias de protestos contra o racismo nos EUA
As manifestações começaram após o assassinato do ex-segurança negro George Floyd por um policial branco durante abordagem policial em MinneapolisMais de nove mil pessoas foram presas em oito dias de protestos contra o racismo em cidades dos Estados Unidos. A informação é do G1 a partir da Associated Press. As manifestações começaram após o assassinato do ex-segurança negro George Floyd por um policial branco durante abordagem policial em Minneapolis.
A última terça-feira, 2, foi considerada o dia "mais calmo" até agora. Nos outros dias confrontos violentos entre manifestantes e as forças de segurança ocorreram com mais frequência.
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As autoridades ampliaram o toque de recolher e dispersou manifestantes enquanto ainda era dia em Nova York. Um grupo ainda permaneceu nas ruas além do prazo estipulado, mas não foi registrado um confronto com a polícia.
Em Washington, os manifestantes voltaram a se reunir em uma quadra próxima à Casa Branca, sede do governo americano, onde no dia anterior policiais com a ajuda da cavalaria dispersaram um grupo para abrir caminho para o presidente Donald Trump fazer uma foto perto da igreja St. John. O ato foi tranquilo ao longo do dia. Já à noite manifestantes começaram a lançar fogos de artifício e objetos contra a cerca e os policiais responderam usando spray de pimenta.
Em Los Angeles, manifestantes fizeram um cerco à casa do prefeito e permaneceram no local horas após o início do toque de recolher. Quando os policiais chegaram, os manifestantes foram retirados e levados para um ônibus sem muito tumulto, segundo a imprensa americana.
Também houve protestos em Miami, St. Paul, Minnesota, Columbia, Carolina do Sul e Houston.
Protestos no mundo
Os atos contra o racismo se espalharam para outros países ainda durante o fim de semana, e, nesta terça, houve grandes manifestações registradas na Austrália, no Reino Unido e na França.
Em Paris, polícia lançou gás lacrimogênio para dispersar 19 mil manifestantes que protestavam contra o racismo policial em casos como de George Floyd e do jovem francês Adama Traoré, que morreu enquanto estava sob custódia policial em 2016. Outras cidades como Marselha também registraram confrontos.
Autópsia conclui que George Floyd morreu por asfixia
Autópsia encomendada pela família de George Floyd concluiu, na última segunda-feira, 1°, que o homem morreu por "asfixia devido a uma pressão sustentada" quando um policial o imobilizou colocando o joelho sobre seu pescoço, na última semana. Esse laudo contradiz os resultados da necrópsia oficial.
"Os médicos independentes que realizaram a autópsia no Floyd determinaram que a causa da morte é asfixia devido à pressão constante", disse o advogado Ben Crump, em um momento em que a indignação pela ação da Polícia provocou uma onda de protestos nos Estados Unidos.
A autópsia oficial, realizada pelos médicos locais, minimizava o estrangulamento sofrido por Floyd. O documento cita uma lista de eventos causadores do óbito, entre eles a contenção feita pelos oficiais, supostas substância intoxicantes que o homem teria usado e doenças cardíacas pré-existentes (comorbidades)
A vitima tinha 46 anos quando foi abordada por policiais na última segunda-feira, 25, em Minneapolis, Estados Unidos. Durante procedimento, o agente Derek Chauvin pressionou o pescoço de George com o joelho e acabou o sufocando até a morte. Manifestações pedindo justiça por George e contra o racismo implodiram e se espalharam por países como Reino Unido, Alemanha e Canadá.
Chauvin foi demitido da Polícia de Minneapolis e enfrenta acusação de assassinato e homicídio culposo, informaram os procuradores do condado de Hennepin.
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