Coronavírus: menos mortes na China, mais casos pelo mundo

Enquanto na China houve uma leve desaceleração na contaminação, o Brasil registrou o primeiro caso do novo coronavírus. Ceará tem mais um caso suspeito e a tendência, de acordo com a Secretaria da Saúde do Estado, é de que as notificações aumentem. 

A China contabilizou 29 novas mortes nas últimas 24 horas, o menor número desde janeiro, chegando a um total de 2.744 óbitos.  Coreia do Sul teve mais diagnósticos positivos nas últimas 24 hora.

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Também houve uma queda no diagnóstico de novos portadores, 433 contra 508 da véspera, sendo a maioria ainda na província de Hubei. Mais de 78.500 pessoas estão infectadas na China continental.

Na Coreia do Sul, nenhuma morte foi comunicada nas últimas 24 horas, com o total de falecimentos permanecendo em 12. Mas o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (KCDC) da Coreia do Sul informou 334 novos casos confirmados de infecção, o que eleva a 1.595 o total de diagnósticos positivos no país.

O Brasil confirmou na quarta-feira, 26, o contágio em um homem de 61 anos em São Paulo, que havia retornado há cinco dias da região italiana da Lombardia. Este é o primeiro caso na América Latina.

Na Europa, o país mais afetado é a Itália (mais de 400 casos e 12 mortos), o que afetou países como Áustria, Suíça, Croácia, Grécia, Argélia ou Macedônia do Norte.

Já o Irã registra 19 mortes, num total de 139 casos, incluindo o vice-ministro da Saúde do país. Surgiram casos no Paquistão e na Geórgia.

Na França, uma segunda pessoa faleceu em decorrência do vírus. A primeira vítima fatal no país foi um turista chinês.

O mundo "simplesmente não está preparado" para lidar com a epidemia de coronavírus, disse o especialista que lidera a missão conjunta de especialistas da OMS / China, Bruce Aylward, na terça-feira.

Para conter a propagação da epidemia, vários países do Golfo anunciaram medidas para limitar o deslocamento para o Irã.

Na Arábia Saudita, o Ministério das Relações Exteriores decidiu suspender temporariamente a entrada de peregrinos em Meca, para "impedir a chegada" do COVID-19 e sua propagação.

Além disso, suspendeu a entrada em seu território de viajantes com visto de turista de países onde o novo coronavírus está presente, de acordo com os critérios estabelecidos pelas autoridades de saúde.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, defendeu nesta quarta-feira (26) a resposta de seu governo ao novo coronavírus, acusando os meios de comunicação de semear pânico, inclusive nos mercados, que estão sendo afetados pela epidemia.

A bolsa de Nova York fechou pelo terceiro dia seguido em baixa, devido ao impacto da doença em vários países. As perdas aumentaram após funcionários do governo americano alertarem sobre os possíveis efeitos da epidemia na maior economia do mundo, cujo bom desempenho é a principal bandeira de Trump para obter a reeleição em novembro.

A propagação da epidemia levou o Comando das Forças Conjuntas da Coreia do Sul e dos Estados Unidos a adiar os exercícios militares conjuntos, que estavam previstos para os próximos meses.

Essa medida foi tomada após o governo sul-coreano elevar o alerta de saúde a um nível "grave" por causa da propagação da epidemia, o que motivou a suspensão dos exercícios militares "até novo aviso".

 

 

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