Uso de álcool em gel reduz tempo de sobrevivência do coronavírus em superfícies de vidro, metal e plástico
Segundo pesquisa, o vírus pode sobreviver por nove dias nas superfícies inanimadas, mas pode ter tempo de sobrevivência reduzido para um minuto por agentes biocidasPesquisa indica que o uso de álcool em gel reduz para um minuto o tempo de sobrevivência do coronavírus em superfícies como metal, vidro e plástico. O vírus normalmente sobrevive por nove dias nas superfícies. O estudo foi publicado no Journal of Hospital Infection (Jornal do Hospital de Infecções, em tradução livre).
O contágio entre humanos já foi descrito com tempo de incubação de dois a dez dias, o que permite que o vírus seja espalhado por gotículas presentes em espirros e na tosse, por exemplo. Dessa forma, é possível contrair o Covid-19 por meio de superfícies inanimadas. Nelas, o vírus sobrevive por nove dias, tempo que pode ser reduzido com procedimentos de desinfecção.
É + que streaming. É arte, cultura e história.
Pesquisadores alemães revisaram 22 estudos sobre coronavírus humanos e veterinários para sugerir formas de prevenção, já que ainda ainda estão sendo desenvolvidas terapias específicas para o Covid-19. A partir da literatura, os pesquisadores cruzaram dados e concluíram que agentes biocidas podem reduzir em 71% o tempo de sobrevivência do vírus.
O etanol é o mais eficiente (62% a 71%), seguido da água oxigenada (0,5%) e do alvejante (0,1%). Há ainda produtos menos efetivos, como o cloreto de benzalcônio (0,005% a 0,2%) e a clorexidina (0,02%).
Ainda que não tenham sido encontrados dados sobre a frequência contaminação do coronavírus por meio de mãos e a carga viral dele nelas, os pesquisadores lembram que a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda aplicar álcool em gel nas mãos e esfregá-las bem para descontaminá-las. A prática, por exemplo, foi muito utilizada em 2008 para evitar o espalhamento da H1N1.
Os cientistas integram as instituições alemãs Instituto de Higiene e Medicina Ambiental, da Universidade de Medicina Greifswald, e o Departamento de Virologia Molecular e Médica, da Universidade Ruhr Bochum.