G7 anuncia ajuda emergencial de US$ 20 milhões para Amazônia
Além da liberação, o Grupo dos Sete concordou com uma assistência de médio prazo para o reflorestamento, a ser apresentado na Assembleia Geral da ONU no fim de setembroO G7 decidiu desbloquear uma ajuda de emergência de pelo menos US$ 20 milhões (cerca de R$ 82,4 milhões) para a Amazônia, principalmente destinados ao envio de aviões Canadair de combate a incêndios. O anúncio foi feito pelo presidente francês Emmanuel Macron ao lado do chileno Sebastian Piñera, nesta segunda-feira, 26. Desde sábado, 24, os governantes das sete grande economias mundiais (G7) estão reunidos em Biarritz, na França.
L’Amazonie absorbe 14% du CO2 mondial. La perte du premier poumon de la planète est un problème mondial. Aucun pays ne peut dire que ça le concerne seul. #ActForAmazon
C’est pourquoi le #G7Biarritz se mobilise pour répondre à la crise. Voici ce que nous allons faire : pic.twitter.com/bhld6GQZBd
— Emmanuel Macron (@EmmanuelMacron) August 26, 2019Seja assinante O POVO+
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A cúpula do G7 congrega representantes da Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido e têm discutido as queimadas na região amazônica. Anfitrião do evento, Macron convocou os demais participantes do encontro a discutirem os recentes incêndios na Amazônia. Para ele, as queimadas são uma “crise internacional”.
Além da liberação emergencial, o Grupo dos Sete concordou com uma assistência de médio prazo para o reflorestamento a ser apresentada na Assembleia Geral da ONU no fim de setembro, para o qual o Brasil terá que concordar em trabalhar com ONGs e populações locais.
Um assunto internacional
Na última semana, Jair Bolsonaro criticou o francês dizendo lamentar que ele “busque instrumentalizar uma questão interna do Brasil e de outros países amazônicos para ganhos políticos pessoais”. Em uníssono, líderes europeus ameaçaram deixar o acordo firmado entre a União Europeia e o Mercosul. Em comunicado oficial, Macron acusou Bolsonaro de mentir durante reunião do G20, em Osaka, no Japão, no fim de junho.
“As decisões e propostas apresentadas pelo Brasil nas últimas semanas demonstram que o presidente Bolsonaro resolveu não respeitar os compromissos climáticos e não assumir nenhum compromisso com relação à biodiversidade”, diz a nota do Palácio do Eliseu.
Leia a nota na íntegra:
"Devido à atitude do Brasil no decorrer das últimas semanas, o Presidente da República francês pode apenas constatar que o Presidente Bolsonaro mentiu durante a reunião de cúpula em Osaka.
As decisões e propostas apresentadas pelo Brasil nas últimas semanas demonstram que o Presidente Bolsonaro resolveu não respeitar os compromissos climáticos e não assumir nenhum compromisso com relação à biodiversidade. Nessas condições, a França se opõe a firmar o acordo em pauta com o Mercosul."
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