Biden e Sanders divergem em debate democrata
Joe Biden e Bernie Sanders dividiram-se profundamente sobre o rumo do Partido Democrata nos primeiro minutos do debate em Miami entre 10 dos 20 pré-candidatos do partido à Casa Branca, com Sanders pedindo uma drástica mudança na economia americana e Biden propondo um pacote mais convencional de reformas liberais.
Sem entrar em confronto direto, Biden, ex-vice-presidente, e Sanders, senador por Vermont, revelaram uma clara diferença entre suas candidaturas.
Biden condenou as políticas econômicas do presidente Donald Trump, incluindo os cortes de impostos que ele aprovou no ano passado e disse que os democratas devem expandir o acesso ao sistema de saúde.
"Donald Trump nos colocou em uma situação horrível. Temos uma enorme desigualdade de renda", disse Biden, prometendo eliminar as reduções de impostos que Trump concedeu aos mais ricos.
Sanders, o segundo favorito da disputa democrata para as eleições de 2020, se somou ao seu adversário ao afirmar que "Trump é "um mentiroso patológico e um racista e mentiu ao povo americano durante sua campanha".
Sanders, por sua vez, disse que "é hora de mudanças, reais mudanças", ao ser questionado se elevaria os impostos da classe média americana para pagar por seu "Medicare para todos", um programa de saúde que, segundo ele, fará as pessoas economizarem com gastos de saúde. "A saúde pública é um direito humano e não algo do qual se deve tirar proveito", insistiu Sanders, que em 2016 perdeu a candidatura democrata para Hillary Clinton.
Seus pontos divergentes destacaram a mesma divisão ideológica que ficou evidenciada na quarta-feira - no debate entre os primeiros dez pré-candidatos -, quando a senadora por Massachusetts, Elizabeth Warren, uma progressista, e a senadora por Minnesota, Amy Klobuchar, uma centrista, definiram os polos de seu partido.
Dividiram nesta quinta-feira, 27, o palco com Biden e Sanders outros oito democratas de variadas proeminência: as senadoras Kamala Harris, da Califórnia, e Kirsten Gillibran, de Nova York; o prefeito Pete Buttigieg, de South Bend, Indiana; o deputado Eric Swalwell, da Califórnia; o empresário Andrew Yang; o senador por Colorado, Michael Bennet ; o ex-governador do Colorado John Hickenlooper e a escritora Marianne Williamson.
Buttigieg disse ser favorável a oferecer a cobertura médica a todas as pessoas, incluindo os 11 milhões de imigrantes ilegais. "Nosso país é mais saudável quando as pessoas são saudáveis. O verdadeiro problema é que não deveríamos ter 11 milhões de ilegais sem uma via para a cidadania." (Com agências internacionais).
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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