Venezuela: Grupo de Lima busca apoio da UE e de aliados do chavismo
O Grupo de Lima defendeu após reunião desta sexta-feira, 3, na capital peruana uma reunião com a União Europeia, o Uruguai, México e a Bolívia - países que defendem uma saída negociada para a crise venezuelana - uma reunião para discutir a redemocratização no país. O grupo, que reúne países latino-americanos críticos ao regime de Nicolás Maduro, também defendeu incluir Cuba nas negociações para o fim da crise.
"Concordamos em propor ao Grupo de Contato Internacional um reunião urgente para encontrar um saída convergente para reestabelecer a democracia na Venezuela", diz a nota. "Convidamos outros membros da comunidade internacional comprometidos a esse propósito a se somar a nossos esforços."
A principal diferença entre as abordagens do Grupo de Lima e o Grupo de Contato reside no fato de o primeiro vincular a transição pós-chavista à liderança do líder opositor Juan Guaidó. Europeus e países latino-americanos com governos alinhados à esquerda acreditam ainda em uma transição negociada entre os dois lados, com antecipação de eleições monitoradas pela comunidade internacional e participação do chavismo como ator político.
Cuba, por sua vez, é o principal aliado de Maduro e colabora com o chavismo no setor de inteligência e segurança. Sua dependência econômica da Venezuela, principalmente pelo petróleo enviado à ilha, tornaria uma mudança de governo em Caracas uma ameaça econômica para a sobrevivência do regime castrista.
Apesar de o governo americano ressaltar que uma saída militar para a crise não está descartada, nenhum país latino-americano está disposto a apoiá-la, nem mesmo os mais próximos de Washington, como o Brasil e a Colômbia. Com isso, a pressão por negociações diplomáticas têm crescido.
Em paralelo, o ministro da Defesa venezuelano Vladimir Padrino confirmou nesta sexta-feira que recebeu uma oferta dos Estados Unidos para romper com Maduro. "Quiseram me comprar como se eu fosse um mercenário", disse. "Dá muita in
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