Homem diagnosticado com câncer descobre que suposto tumor era uma peça de Playmobil
Paul Baxter, de 47 anos, foi diagnosticado com câncer. Mas após uma broncoscopia, os médicos descobriram que na verdade se tratava de uma pequena peça de Playmobil - um cone de tráfego de plástico usado nas miniaturas do jogo - que estava alojado em seu pulmão
17:00 | Set. 27, 2017
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Paul Baxter é um homem de 47 anos, da cidade de Preston, na Inglaterra. Ele havia sido diagnosticado com câncer, mas, após uma broncoscopia, os médicos descobriram que na verdade se tratava de uma pequena peça de Playmobil alojada em seu pulmão. O mais impressionante para os médicos é como esse objeto ficou lá por 40 anos sem causar problemas ao paciente.
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Paul contou ao portal da rede britânica BBC que foi realizar exames de rotina. Isto por conta do que parecia ser, para ele, apenas um resfriado por conta do inverno. Ele disse ao médico que, além disso, estava tossindo um muco amarelo durante mais de um ano. Segundo o relatório publicado no British Medical Journal ("Revista Médica Britânica" em tradução livre), os médicos dizem que suspeitaram que o paciente estivesse com um tumor no pulmão. Acrescente aos sintomas apresentados o fato de que ele era fumante há muitos anos e ter passado por um caso de pneumonia recente. Os primeiros exames indicaram, a partir de um raio-X, uma massa no pulmão de Paul, o que contribuía para a suspeita dos médicos.
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Tudo mudou quando a equipe médica decidiu realizar uma broncoscopia para ajudar no diagnóstico mais exato do que estava ocorrendo com Paul. Durante o procedimento, o médico que estava operando a câmera através da garganta de Paul disse ter visto algo laranja no fundo do pulmão dele. "Quando eles retiraram aquilo todos começaram a rir, os médicos, enfermeiros, todos nós", lembrou Paul. Ele também disse ter reconhecido o cone de uma ferrovia de brinquedo que tinha quando estava com sete anos.
"Eu fazia o que qualquer criança faz. Eu costumava comer os meus brinquedos. Eu devo ter estado com ele na minha boca e ele acabou descendo para a minha via respiratória. Mas eu não me lembro de ter sentido nada". Os médicos acreditam que este é o primeiro caso reportado de um "corpo estranho traqueobrônquico" que passou 40 anos sem ser detectado. "Isso pode ter acontecido devido à aspiração ter ocorrido quando ele ainda era tão novo que as vias aéreas do paciente foram capazes de se remodelar e se adaptar a presença deste corpo estranho", diz o relatório médico.
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Paul disse que guardou o pequeno objeto numa jarra e que irá passá-lo aos seus netos no futuro. "Acho que vou guardá-lo para sempre", afirmou ele. Quatro meses após o procedimento de remoção, a tosse do paciente desapareceu quase que por completo e os outros sintomas melhoraram consideravelmente.