Dilma diz que crise política não afetará Jogos Olímpicos
11:44 | Mai. 03, 2016
Atletas e turistas serão bem recebidos apesar da instabilidade política, afirma a presidente, que dificilmente participará da cerimônia de abertura, em agosto, no Maracanã.
O Brasil receberá bem os atletas e visitantes que virão ao país para os Jogos Olímpicos do Rio apesar da instabilidade política, afirmou nesta terça-feira (03/05) a presidente Dilma Rousseff durante a cerimônia de chegada da Chama Olímpica.
Em um discurso breve no Palácio do Planalto, Dilma fez apenas citações rápidas à situação que o Brasil atravessa. Ela disse ter certeza de que "um país onde o povo sabe lutar por seus direitos e preza pela sua democracia" organizará Jogos Olímpicos de grande sucesso.
Prestes a ser temporariamente afastada pelo Senado, com a abertura do seu processo de impeachment, o que deve ocorrer até meados deste mês, a presidente dificilmente será a chefe de Estado na abertura dos Jogos. Na semana passada, em entrevista à CNN, ela disse que ficaria muito triste se não participasse da cerimônia.
Percurso pelo Brasil
No Palácio do Planalto, a Chama Olímpica alimentará a primeira Tocha Olímpica Rio 2016. De lá, a tocha começará sua viagem pelas cinco regiões do país. Ao longo de 95 dias, o roteiro incluirá 327 cidades e 12 mil condutores até chegar, em 5 de agosto, ao Maracanã, onde será acesa a Pira Olímpica e celebrada a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.
Segundo os organizadores, o percurso da tocha no Distrito Federal incluirá mais de 118 quilômetros, passando por prédios do governo e vários pontos turísticos da capital federal. Além do Palácio do Planalto, a tocha passará pela Câmara e pelo Senado, pela Catedral Metropolitana e pela Igrejinha na Asa Sul.
Entre os condutores da tocha em Brasília estão a jogadora de vôlei Fabiana Claudino, o campeão mundial de surfe Gabriel Medina, o matemático Artur Ávila Cordeiro de Melo, a jogadora de vôlei Paula Pequeno, o ex-maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima e a menina Hanan Khaled Daqqah, de 12 anos, refugiada síria que vive no Brasil.
Chegada a Brasília
A Chama Olímpica chegou nesta terça-feira ao aeroporto de Brasília. O símbolo dos jogos entrou no espaço aéreo brasileiro às 7h10, e o avião da empresa Latam, procedente da Suíça, pousou às 7h25. A aeronave foi escoltada por dois caças da Força Aérea Brasileira.
A chama fora acesa no dia 21 de abril, em frente ao Templo de Hera, localizado nas ruínas da cidade grega de Olímpia, a partir de raios solares, seguindo um ritual que usa uma espécie de espelho côncavo, chamado skaphia.
Após percorrer algumas cidades gregas entre elas Atenas a Chama Olímpica seguiu até Genebra, na Suíça, para uma cerimônia na ONU, seguindo então para o Museu Olímpico, localizado em Lausanne, onde fica a sede do Comitê Olímpico Internacional.
AS/abr/rtr/afp