Reunião do Partido dos Trabalhadores que não é realizado desde 1980 tem como objetivo confirmar status de Kim Jong-un como herdeiro legítimo da dinastia Kim. Autoridades não divulgaram duração e número de participantes.
Começou nesta sexta-feira (06/05) em Pyongyang o 7º Congresso do Partido dos Trabalhadores da Coreia do Norte importante evento realizado pela última vez há 36 anos. Espera-se que o congresso resulte em decisões políticas e econômicas que devem definir o futuro do regime.
O início do evento foi marcado pelo habitual secretismo por parte das autoridades e dos meios de comunicação locais, que não publicaram sequer o aguardado discurso de abertura de Kim Jong-un. A fala do líder do país será transmitida nesta noite pela televisão estatal KCTV e deve ser chave para a direção que o Partido dos Trabalhadores seguirá a partir de agora. As autoridades também não divulgaram a duração e o número de participantes do congresso.
O evento atraiu cerca de 130 jornalistas estrangeiros, que foram convidados para cobrir o evento, mas não foram autorizados a entrar na Casa da Cultura 25 de Abril, onde é realizado, sendo obrigados a observar os acontecimentos a uma distância de 200 metros.
O último congresso do tipo foi realizado em 1980, quando o fundador e então líder do país, Kim Il-sung, anunciou que o filho Kim Jong-il lhe sucederia no cardo, colocando em marcha a primeira dinastia comunista da história.
Programa nuclear
O congresso, que pode durar três ou quatro dias, é celebrado num momento de tensão entre o regime norte-coreano e a comunidade internacional, após Pyongyang realizar seu quarto teste nuclear e lançar um míssil a partir de um submarino. Especula-se que o regime possa ter preparado outro teste nuclear para coincidir com o congresso.
O principal objetivo do evento do Partido dos Trabalhadores é confirmar o status de Kim Jong-un que chegou ao poder em 2011, com menos de 30 anos de idade como herdeiro legítimo da dinastia Kim, no comando do país há quase sete décadas.
No congresso, devem ser confirmadas a doutrina política byungjin, de desenvolvimento de armas nucleares, e novas diretrizes econômicas para o país, que enfrenta duras sanções internacionais. Também devem ser eleitos os novos membros do comitê central. Acredita-se que Kim Yo-jong, irmã de Kim Jong-un, possa estar entre os nomeado de peso.
LPF/lusa/efe/afp