ONU condena e exige investigação independente sobre ataque aéreo a local próximo à fronteira com a Turquia, que deixou ao menos 28 mortos. UE classifica incidente de "inaceitável".
O chefe para Assuntos Humanitários das Nações Unidas, Stephen O'Brien, condenou um ataque aéreo a um campo de refugiados na Síria, próximo à fronteira com a Turquia, que deixou ao menos 28 mortos nesta quinta-feira (05/05).
O'Brien se disse horrorizado com o ocorrido na cidade de Sarmada e exigiu uma investigação independente sobre o incidente. "Se esse ataque obsceno se confirmar como uma agressão proposital a instalações civis, poderá ser considerado um crime de guerra", afirmou. A União Europeia classificou os bombardeios de "inaceitáveis".
Segundo a organização Observatório Sírio dos Direitos Humanos, os 50 feridos no ataque foram encaminhados para atendimento médico em território turco. Mulheres e crianças estavam entre os mortos, e o número de fatalidades deve aumentar, alertou a entidade.
De acordo com testemunhas, dois ataques aéreos atingiram o campo que abrigava pessoas que fugiam de conflitos em localidades como Aleppo e Palmira. Cerca de 50 barracões teriam sido destruídos. Não está claro quem estaria por trás da investida no campo na província de Idlib, numa região controlada pela Frente al-Nusra, a ramificação da Al Qaeda na Síria.
A agência de notícias Shahba Press, que apoia grupos rebeldes, afirmou que "aviões do regime" de Damasco seriam os responsáveis pelos ataques. Em Washington, o Departamento de Estado americano não confirmou a autoria dos bombardeios, mas afirmou que teriam semelhanças com outras operações militares das forças sírias.
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