Nova espécie de tarântula recebe nome do cantor Johnny Cash

As tarântulas não têm uma aparência muito amigável, mas os especialistas afirmam que quase nunca mordem e que seu veneno não é perigoso para os seres humanos

16:00 | Fev. 08, 2016

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Cientistas que rastreiam os campos Folsom, na Califórnia, descobriram um novo tipo de tarântula preta que chamaram de Johnny Cash, em homenagem ao músico norte-americano que fez uma série de apresentações na prisão de Folsom.

A criatura de oito patas chamada 'Aphonopelma johnnycashi' é totalmente preta, assim como o guarda-roupas de Cash quando rasgava seu violão e cantava músicas como "The Man in Black" e "Folsom Prison Blues" com sua voz de barítono.

"Sou um grande fã do Johnny Cash", disse Chris Hamilton, principal autor do estudo publicado na revista especializada ZooKeys, onde a tarântula é identificada como uma das 14 novas espécies de aracnídeos descobertas no sudoeste dos Estados Unidos. "Mas não fiz esta descoberta buscando algo para batizar em homenagem a ele", brincou em entrevista à AFP.

Hamilton e outros pesquisadores da Auburn University e do Millsaps College queriam examinar de perto todas as tarântulas ao longo do sul dos Estados Unidos, a oeste do rio Mississippi.

Após uma década de buscas, conseguiram cerca de 3.000 espécies em diferentes estados. E encontraram que a tarântula Johnny Cash está amplamente difundida, mas até agora era considerada de outra espécie, a 'A. iodius'.

"Quando começamos a levantar espécies (...) e olhar de perto sua morfologia, DNA e variáveis ecológicas, vimos que estas tarântulas eram únicas e mereciam pertencer a uma espécie separada".

A cor preta dos machos, somada à localização da aranha em Folsom, California - onde está a penitenciária onde Cash fez diversos shows para os presos, em 1968 - "fez com que seu nome me viesse à cabeça. Era o mais apropriado", disse Hamilton.

Hamilton e sua equipe garantem que há 29 tarântulas do gênero 'Aphonopelma', 14 das quais são novas para a ciência.

As tarântulas não têm uma aparência muito amigável, mas os especialistas afirmam que quase nunca mordem e que seu veneno não é perigoso para os seres humanos.

AFP