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Reino Unido envia militares a província afegã de Helmand

16:28 | 22/12/2015
Autoridades locais afirmam que a capital da província no sul do Afeganistão estaria prestes a cair nas mãos do Talibã. Papel de soldados britânicos seria exclusivamente de consultoria, segundo ministério em Londres. O Reino Unido divulgou nesta terça-feira (22/12) ter enviado militares para a província de Helmand, no sul do Afeganistão, reagindo às informações das autoridades locais de que a capital, Sangin, estaria prestes a cair nas mãos do Talibã. Dos 16 distritos da província, apenas dois ainda não estão sob controle do grupo terrorista. De acordo com o jornal britânico The Times, fazem parte do contingente cerca de 30 soldados do Serviço Aéreo Especial (SAS), enviados para "participar da luta" contra os talibãs juntamente com 60 soldados americanos. Segundo o Ministério britânico da Defesa, contudo, os homens não vão participar de combates, atendo-se a um papel consultor. "Essa equipe é parte de uma unidade maior da Otan que presta consultoria ao Exército nacional afegão", esclareceu uma porta-voz do ministério, acrescentando que os militares "não foram destacados para um papel de combate e não serão mobilizados para fora do acampamento". Temores de queda de Helmand As forças britânicas e americanas vêm lutando há anos pelo controle da província de Helmand, onde mais de 450 militares britânicos foram mortos em combate. O membro do conselho da província Razia Baluch alertou sobre o risco de o Talibã controlar Helmand, se o governo afegão não agir. Segundo Baluch, se Cabul deixar Helmand cair, "não será tão fácil retomar o controle como foi em Kunduz". Militantes talibãs ocuparam essa cidade no norte do Afeganistão por vários dias, em setembro, até as tropas do governo recuperarem o controle. Apesar de ter encerrado suas operações de combate no Afeganistão em 2014, os britânicos ainda mantêm cerca de 450 militares no país, com a função de orientarem e apoiarem as Forças Armadas e de segurança afegãs. O governo do Afeganistão está também tentando reabrir as negociações com o Talibã, apoiado por bilhões de dólares em ajuda internacional e assistência de treinamento por milhares de soldados da Otan que continuam estacionados no país. FC/rtr/dpa
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