Manifestantes protestam em Lübeck contra reunião do G7
Cerca de 3.500 policiais vigiam a cidade no norte da Alemanha, que hospeda encontro de ministros do Exterior. Iniciativa "Stop G7", contra políticas neoliberais, espera que milhares se juntem à manifestação.
Algumas centenas de manifestantes reuniram-se Lübeck, no norte da Alemanha, nesta terça-feira (14/04), para protestar contra a reunião dos ministros do Exterior do G7. Ruas da cidade alemã, que hospeda o encontro durante dois dias, foram bloqueadas pela polícia e muitas lojas deixaram de abrir.
Cerca de 3.500 policiais foram mobilizados para vigiar a cidade e evitar distúrbios como os ocorridos em março na inauguração da nova sede do Banco Central Europeu (BCE), em Frankfurt. Na ocasião, mais de 10 mil pessoas participaram da manifestação convocada pelo movimento Blockupy, ateando fogo em viaturas policiais, bloqueando ruas com barricadas e entrando em choque com a polícia.
Já na noite desta segunda-feira foi realizada uma marcha em Lübeck, a qual reuniu cerca de 500 pessoas e ocorreu de forma tranquila. A iniciativa "Stop G7" ("Pare o G7") que já anunciou a intenção de interromper a reunião de ministros espera uma maior participação nos protestos desta quarta-feira.
De acordo com a polícia, dois ônibus vindos de Copenhague já trouxeram manifestantes a Lübeck. E segundo o porta-voz da "Stop G7", Christoph Kleine, milhares de participantes vindos de outras cidades do norte da Alemanha e dos países escandinavos devem unir-se aos protestos.
Os manifestantes acusam os países do G7 Alemanha, França, Itália, Reino Unido, Canadá, Japão e EUA de tentarem decidir sobre o destino do mundo, apesar de não terem legitimidade para isso. Além disso, os sete países adotariam políticas neoliberais que levam a exploração, pobreza e degradação ambiental.
A reunião desta quarta-feira será preparatória para o encontro do G7 a ser realizado em junho, no castelo de Elmau, na Bavária. Entre os principais temas a serem discutidos pelos chanceleres do G7 estão os conflitos na Ucrânia e no Oriente Médio, o acordo nuclear com o Irã e a luta contra o "Estado Islâmico" (EI). Após anexar a Ucrânia, a Rússia foi excluída do G8, que voltou então ao seu formato original.
FC/afp/dpa/rtr/efe