EUA e China discutem segurança cibernética
12:40 | Jul. 10, 2014
O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, disse que as duas nações tiveram uma conversa franca sobre o assunto durante o Diálogo Econômico e Estratégico, em Pequim. No entanto, Kerry afirmou que ele e o secretário do Tesouro, Jacob Lew, só foram notificados sobre a mais recente acusação de delito por parte dos chineses após a conclusão do encontro.
No entanto, Kerry amenizou as denúncias e disse que o alegado incidente se referia apenas a uma "tentativa de invasão" que ainda está sendo investigada e que nenhum material sensível parece ter sido comprometido.
O jornal The New York Times informou que os hackers, que não se acredita serem funcionários do governo, procuravam informações sobre pessoas que eram candidatas para altos cargos de segurança.
A questão da segurança cibernética já estava entre um dos assuntos mais sensíveis deste ano depois que os Estados Unidos acusaram cinco altos militares chineses de espionagem em maio. Eles são acusados de roubar segredos comerciais de bancos de dados de empresas americanas e passá-los para os concorrentes chineses.
Em retaliação, a China suspendeu um grupo de trabalho sobre segurança cibernética à época. A China exigiu a retirada das acusações e, nesta quinta-feira, o chefe de política externa do país, Yang Jiechi, disse que os EUA devem primeiro criar condições adequadas para depois o grupo de trabalho ser renovado.
Yang descreveu a questão da segurança cibernética como uma "ameaça voltada para todos os países", mas rebateu dizendo que "o ciberespaço não deve se tornar uma ferramenta para prejudicar os interesses de outros países".
Jacob Lew também abordou a questão dos crimes cibernéticos, mas destacou alguns progressões por parte da China, como o compromisso em perseguir vigorosamente os casos de roubo de segredos comerciais.
O secretário de Tesouro também destacou as promessas da China para redução da intervenção no câmbio "à medida que as condições permitirem". "A China está se preparando para adotar uma maior transparência cambial, o que vai acelerar a mudança para um taxa de câmbio mais baseada no mercado", disse. Fonte: Associated Press.