Síria aceita plano de paz de enviado da ONU
Mas não há perspectiva imediata para o fim do derramamento de sangue. Há relatos de intensas batalhas entre tropas sírias e combatentes rebeldes na fronteira com o Líbano nesta terça-feira e de intensa troca de tiros na região de fronteira.
Mas as tropas sírias não cruzaram a fronteira fisicamente, informaram um policial e um militar libaneses. Os confrontos tiveram início na área de Mashareaa al-Qaa, do lado sírio.
A ONU estima que mais de 8 mil pessoas tenham morrido no levante sírio. Há temores de que o conflito possa se transformar numa guerra generalizada que inclua os países vizinhos.
A pressão diplomática para encerrar a crise fracassou, mas Fawzi disse que o governo sírio aceitou o plano de seis pontos para encerrar o derramamento de sangue.
Também nesta terça-feira, o presidente Bashar Assad visitou Baba Amr, ex-reduto rebelde na cidade de Homs que se tornou um símbolo do levante depois que um mês de cerco das tropas do governo deixou centenas de mortos, muitos deles civis, na medida em que as avançavam contra os rebeldes.
Homs é uma das cidades mais fortemente atingidas pela repressão do governo. As forças de Assad tomaram Baba Amr em 11 de março, mas enfrentam resistência em outros distritos. A visita de Assad foi informada pela agência de estatal de notícias Sana, mas não foram divulgados maiores detalhes.
Líderes da oposição síria se reúnem em Istambul nesta terça-feira numa tentativa de resolver suas diferenças e tranquilizar os apoiadores internacionais, frustrados com a falta de coesão.
A reunião acontece antes da conferência sobre a Síria, marcada para 1º de abril em Istambul, na qual Turquia, Estados Unidos e seus parceiros europeus e árabes discutirão formas de isolar e pressionar ainda mais Assad, assim como medidas para apoiar a oposição síria.
Alguns relatos indicam que o debate entre as dezenas de países vão abranger temas como se o Conselho Nacional Sírio e grupos ligados a ele devem se declarados como o único e legítimo representante do povo sírio. Um funcionário turco, que falou em condição de anonimato, disse que "se a maioria dos participantes decidir, é isso que faremos". As informações são da Associated Press.