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Semana Santa: número de passageiros nas rodoviárias de Fortaleza aumenta 45%

Semana Santa: número de passageiros nas rodoviárias de Fortaleza aumenta 45%

No Ceará, os destinos mais procurados são Canindé, Crateús, Juazeiro do Norte, São Benedito e Sobral. Quinta-feira, 17, é o dia com maior fluxo nas rodoviárias

Com a chegada da Semana Santa, a procura pelas viagens rodoviárias aumentou significativamente. O número de passageiros aumentou em 45% comparado à média normal de fluxo. O POVO foi até a rodoviária João Thomé para descobrir o destino da população neste feriadão. População aproveita para viajar e passar Semana Santa com a família.

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Viagens na Semana Santa

De acordo com a Socicam, empresa que administra os terminais rodoviários da Capital, o dia de maior fluxo de passageiros é nesta quinta-feira, 17, com aproximadamente 11.283 passageiros.

O gerente dos terminais rodoviários, Newton Fialho, informou ao O POVO que a Semana Santa é o terceiro maior feriado, atrás somente das festas de fim de ano — Natal e Ano Novo — e do Carnaval.

“A gente já veio de um aniversário da cidade de Fortaleza, que movimentou a Cidade (...) De acordo com a Coordenadoria de Transporte da Arce, 261 horários extras foram disponibilizados, além dos horários normais, somados todos dá 2.087 viagens que serão realizadas durante todo esse período”, informa.

Ele afirma que, se comparado com a Semana Santa do ano passado, o fluxo representa um aumento de 5%. Confira os destinos mais procurados na lista abaixo:

Ceará:

  • Canindé
  • Crateús
  • Juazeiro do Norte
  • São Benedito
  • Sobral

Destinos interestaduais:

  • João Pessoa (PB)
  • Natal (RN)
  • Parnaíba (PI)
  • Recife (PE)
  • Teresina (PI)

As orientações da Socicam são que os passageiros devem adquirir os bilhetes de passagens com antecedência; chegar ao terminal rodoviário com uma hora de antecedência ao embarque; conferir a documentação necessária, principalmente de crianças; checar se todas as bagagens estão devidamente identificadas com: nome, telefone e endereço; e por fim, dirigir-se ao embarque com 30 minutos de antecedência.

Passageiros aproveitam para passar o feriado com a família

Natural de Jardim, a professora Eleuza Mendes de Morais, 59, conta que está indo para Juazeiro do Norte passar alguns dias com a mãe, como sempre faz.

Uma lembrança que permanece na memória é a romaria de Juazeiro: “[É] muita gente, de todos os lugares. Acho que vem gente de outros lugares do mundo pra lá. É uma multidão imensa”.

Eleuza comenta que não é muito religiosa, e por isso não participa da festividade. “Minha mãe tem essa questão de não comer carne e fazer jejum. Eu particularmente não faço”, comenta.

Para ela, a data comemorativa não importa muito, e sim passar um tempo com a mãe: “Eu creio que a gente tem que estar perto das pessoas que a gente ama enquanto elas são vivas”, finaliza.

Indo para Russas junto da amiga, Maria Neuma, a aposentada Marineide de Abreu, 62, relata que quando vão para o Interior, elas têm o costume de ficar em casa.

“A gente vai só para repousar mesmo, só [saímos] para a lagoa tomar banho. Comemos bacalhau e peixe cozido”, compartilha.

Acompanhada do marido, João Mesquita Pinheiro, a cuidadora de idosos, Antônia Josimara Barros, conta que está indo a Pedra Branca passar o feriado com a família.

Antônia é natural de Fortaleza, mas há mais de 30 anos viaja para aproveitar a data com familiares: “Tenho [lembrança] de tomar banho na cachoeira, que é época de inverno”.

Como tradição, a cuidadora de idosos conta que a família costuma almoçar junta na sexta-feira santa e também frequentar a igreja. “Eu adoro esses feriados pra gente viajar. Aproveitar para rever a família e matar a saudade”, conclui.

Veja registros da movimentação 

Acompanhada da amiga, a arquiteta Dalila Mota, 28, conta que está viajando para Pedra Branca para aproveitar a festividade em família.

Desde os 14 anos, a arquiteta tem o costume de aproveitar os “grandes feriados” para comemorar com os familiares. “Foi quando eu saí para estudar fora a primeira vez”, lembra.

“Eu fui criada em família católica, então a semana Santa é muito sobre tradição, é alimentação, é todas as sexta-feiras a gente faz jejum, aí a gente só pode comer se tiver todo mundo na mesa, aí tem as celebrações”.

“[No] sábado de aleluia, meu pai sempre mata um carneiro. Aí no domingo de Páscoa, o almoço é sempre em família. Quando meu avô era vivo, a gente fazia essas celebrações em família. Só que aí depois que ele faleceu, eu faço só com meu núcleo familiar: pai, mãe e irmãos”, relata.

A amiga, Denise Moreira, conta que antes de comemorar a data com a amiga arquiteta, comemorava com a mãe, em Fortaleza mesmo.

“Minha família é cristã, então nossas crenças são diferentes. Como a gente não tem esse vínculo grande com a família, comemora só eu e minha mãe. Ela gosta de comprar peixe e nós comemos pão de coco”, disse.

A tradição que Dalila se recorda é a de malhar o Judas coletivamente: "Uma pessoa faz o Judas e a gente sai na rua malhando. Quando eu era criança, isso era muito mais forte”.

A arquiteta continua: “Aí tinha vezes que tinham as estações de Jesus. Aí cada estação era na casa de uma pessoa, numa rua e a gente rodava o distrito todo, que é um sitiozinho. Então a gente conseguiu andar a cidade inteira fazendo a via crucis de Cristo".

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