Torcedor preso por reconhecimento facial tem tornozeleira retirada por decisão judicial
Homem foi detido durante Clássico-Rei no sábado, 15, na Arena Castelão, em Fortaleza; Ele afirma que foi "confundido" com outra pessoa que teria usado os dados dele
O torcedor preso por reconhecimento facial durante o Clássico-Rei na Arena Castelão, em Fortaleza, no sábado, 15, teve a tornozeleira eletrônica removida após decisão do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), nessa quinta-feira, 20.
A Justiça ainda investiga o caso como suposto episódio de "homônimo", devido a possíveis divergências nos dados cadastrais, como a data de nascimento e naturalidade do homem, entre outros.
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O homem, identificado como Daniel da Silva, de 40 anos, teve alvará de soltura concedido um dia após a prisão feita durante o jogo entre Fortaleza e Ceará pelo Campeonato Cearense de 2025. O mandado previa apenas que ele fosse submetido ao monitoramento por tornozeleira.
Ainda nessa quinta-feira, 20, Daniel compareceu à sede da Casa de Ressocialização da Secretaria da Administração Penitenciária do Ceará (SAP), no Centro de Fortaleza, para retirar o equipamento de monitoramento.
O homem afirmou na última terça-feira, 18, que o mandado de prisão contra ele foi emitido devido a um crime cometido por outra pessoa, que usou seus dados no momento da autuação em flagrante.
Por meio das redes sociais, o homem reafirmou um suposto erro. “Esse erro que a Justiça fez comigo de me julgar por uma coisa que eu não fiz”, disse após retirar a tornozeleira. A decisão da remoção foi do Juízo da 1ª Vara de Execuções Penais da Comarca de Fortaleza.
"Judiciário determinou a imediata retirada de tornozeleira eletrônica, recém-instalada, até que a qualificação do apenado seja retificada ou ratificada pelo Juízo da 6ª Vara Criminal de Fortaleza, responsável pelo processamento dos autos de origem (vara da condenação)", disse nota do TJCE.
De acordo com o Auto de Prisão em Flagrante (APF), ao qual O POVO teve acesso, um homem que se identificou como Daniel da Silva foi preso em flagrante em 10 de novembro de 2016.
Na ocasião, ele confessou ter roubado uma moto ao lado de um adolescente. A pessoa que se apresentou como Daniel da Silva foi condenada a quatro anos e oito meses de reclusão, inicialmente em regime semiaberto.
Contudo, o processo não incluiu fotos do autuado, o que impossibilitou a comparação entre a fisionomia dele e a do Daniel da Silva, detido durante o primeiro jogo da final do Campeonato Cearense de 2025.