90 filhotes de tartaruga são soltos no mar da praia do Futuro
O evento marca o início da temporada de nascimentos no Ceará e atrai dezenas de pessoas para o local
90 filhotes de tartaruga-de-pente foram soltos no mar da Praia do Futuro, em Fortaleza, no último dia 14. A soltura, que marca o início da temporada de nascimentos de 2025, foi realizada pela equipe de voluntários do Instituto Verdeluz e aberta ao público, reunindo mais de 120 pessoas.
De acordo com Alice Frota, biologa do Instituto, a iniciativa começou no ano passado com o objetivo de sensibilizar a população por meio da vivência. A intenção é que as pessoas compreendam como ocorre o nascimento das tartarugas e sua importância para o meio ambiente. Além de ser um momento de entretenimento, a ação é também "uma oportunidade de conexão com a natureza, dos turistas, das pessoas que moram no entorno [da praia] e trabalhadores das barracas terem o contato direto com as tartaruguinhas que estão nascendo. De verem e entenderem como elas saem para a praia", explica Alice.
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No Ceará, a temporada de nascimentos ocorre entre março e junho. Durante esse período, o Instituto Verdeluz realiza o monitoramento semanal dos ninhos e auxilia no nascimento dos filhotes.
As eclosões assistidas aumentam as chances de sobrevivência das tartarugas, já que muitos filhotes não conseguem chegar ao mar. Estima-se que, a cada mil filhotes nascidos, apenas dois cheguem à idade adulta. Em uma área movimentada, com barracas de praia, turistas, animais e iluminação artificial à noite, as tartarugas recém-nascidas correm maior risco de não completar sua jornada ao oceano.
A população pode ajudar na preservação dos filhotes tornando-se monitores ativos. “Você costuma correr na Praia do Futuro, andar, fazer caminhada? Pois comece a prestar atenção se você não vê um rastro de tartaruga, um ninho, e ligar para a gente e avisar”, orienta Alice. Ela também destaca a importância da divulgação explicando que quanto mais pessoas souberem que a região é um local de desova, maiores serão as chances de uma pressão governamental para que os ninhos sejam monitorados.
A temporada de nascimentos continua até junho, com novas eclosões assistidas previstas para o período.