Amostra que identificou novo coronavírus em morcego foi colhida em laboratório do Ceará
Vírus é o primeiro identificado na América do Sul que tem semelhança ao causador da Síndrome Respiratória do Oriente Médio (Mers, em inglês)
Uma nova variante do coronavírus em morcegos foi encontrada a partir de amostras do Laboratório Central de Saúde Pública do Ceará (Lacen-CE). Vírus é o primeiro identificado na América do Sul que tem semelhança ao causador da Síndrome Respiratória do Oriente Médio (Mers, em inglês).
Descoberta do agente patogênico consta em estudo publicado em janeiro recente no periódico Journal of Medical Virology. Trabalho foi realizado por pesquisadores de São Paulo e do Ceará, em parceria com a Universidade de Hong Kong, da China.
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No geral foram encontrados sete coronavírus em amostras de cinco morcegos investigados pelo Lacen, em Fortaleza. Os animais são de duas espécies diferentes, sendo uma insetívora e outra frugívora, que se alimenta de frutas, verduras e legumes.
Conforme estudo, ainda não é possível afirmar que o novo coronavírus pode infectar humanos. O patogênico causador da Mers foi descoberto em 2012, na Arábia Saudita, e levou a morte de mais de 800 pessoas no período. Apesar disso, a doença não é considerada de alto risco para o mundo.
Não há evidências de impacto para a saúde pública
Procurada pelo O POVO, a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) destacou que a descoberta é fruto de uma produção acadêmica e que levou em consideração amostras do Lacen-CE, enviadas para análise em São Paulo e seguindo "os devidos trâmites" para a realização do estudo.
"A Sesa ressalta que amostras dessa natureza são regularmente coletadas pela equipe de Vigilância para monitoramento e análise do Lacen-CE. A Secretaria destaca que ainda não há evidências de impacto para a saúde pública referente ao isolamento do coronavírus - semelhante ao vírus causador da Síndrome Respiratória do Oriente Médio (Mers) - encontrado na amostra", pontua ainda.
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