Contador foi mantido refém e coagido a dirigir para grupo criminoso após confronto na Rosalina
O homem conduzia automóvel após deixar o filho em uma escola particular nas proximidades e foi atacado por criminosos
Um contador foi mantido refém e coagido a dirigir para o grupo criminoso que fugia após um confronto na comunidade da Rosalina entre duas facções criminosas, no bairro Parque Dois Irmãos, em Fortaleza, onde três pessoas foram mortas, incluindo uma criança de 11 anos de idade. O caso foi registrado na segunda-feira, 10.
De acordo com o inquérito policial obtido pelo O POVO, a vítima seguia com destino à residência quando após deixar o filho em um colégio particular nas proximidades quando foi surpreendido por vários indivíduos. A via era separada por um matagal dos dois lados e os homens pularam na frente do automóvel e anunciaram o assalto.
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A vítima relatou em depoimento à Polícia Civil, que foi levado pelos criminosos, que exigiram que ele dirigisse no sentido da avenida Silas Munguba. Da avenida eles seguiriam para o município de Maracanaú, na Região Metropolitana de Fortaleza.
Conforme a vítima, durante o trajeto ouviu uma sirene e determinou que todos descessem. De acordo com o depoimento do contador, todo o percurso, os homens aparentavam calmos e afirmavam que queriam sair dali. Um deles falou que estava baleado e o outro apresentava lesões no rosto.
Após a abordagem policial, a vítima conseguiu se livrar do grupo e, estes, foram presos.
Entenda o confronto na Rosalina que deixou uma criança e dois adultos mortos
Na segunda-feira, 10, houve um confronto entre integrantes de facção na comunidade da Rosalina, no bairro Parque Dois Irmãos, em Fortaleza. Criminosos do Comando Vermelho teriam recebido informações de que pessoas da facção Guardiões do Estado (GDE) fariam um ataque na comunidade da Rosalina e articularam uma espécie de emboscada.
Nessa ação dois integrantes da GDE foram mortos e uma criança que estava com fardamento escolar foram mortos. Kaleb apresentava seis lesões por arma de fogo, conforme o laudo pericial. O pai do menino foi baleado na ação e sobreviveu aos ferimentos.
Os integrantes que coordenaram o ataque foram surpreendidos e ao ver os dois colegas mortos tomaram o automóvel do contador de assalto e o fizeram refém. O homem foi obrigado a dirigir o carro sob as ordens do grupo armado, mas o automóvel foi interceptado por policiais militares.