Torcidas organizadas: 82 presos são escoltados em dois ônibus até complexo penitenciário

Torcidas organizadas: 82 presos são escoltados em dois ônibus até complexo penitenciário

Grupos foram presos por crime de associação criminosa e duas torcidas são investigadas por crime na lei das Organizações Criminosas

Oitenta e duas pessoas autuadas por crimes horas antes do Clássico-Rei do último fim de semana foram escoltadas em dois ônibus para o complexo penitenciário na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). Condução aconteceu na segunda-feira, 10, e os detidos devem responder por crimes de tumulto, lesão corporal, associação criminosa e resistência.

Os  conflitos antes da partida foram protagonizadas por integrantes de torcidas organizadas e 120 pessoas chegaram a ser capturadas. Dessas 117 pessoas continuaram detidas após a audiência de custódia e os adultos (82) foram escoltados da Delegacia de Capturas (Decap) para o Complexo.

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Confrontos com a Polícia Militar foram flagrados na avenida Osório de Paiva, no bairro Canidezinho, mas também houve confusão nos bairros da Parangaba, Messejana, Jardim das OliveirasMaraponga.

Na avenida Osório de Paiva, um policial foi atingido com uma pedra na cabeça e necessitou de atendimento médico. Os grupos se degladiavam nas vias arremessando pedaços de madeira e pedras.  A maior parte não usava uniformes das torcidas. 

Inicialmente, 115 pessoas foram conduzidas à Delegacia de Combate às Organizações Criminosas Organizadas (Draco). Quatro pessoas foram presas mediante cumprimento de mandado de prisão, entre elas um ex-presidente da torcida organizada do Ceará. Ao todo foram 82 adultos e 27 adolescentes. 

Houve audiência de custódia no domingo, 9, e os adultos tiveram as prisões em flagrante homologadas e convertidas em preventivas. As famílias dos torcedores se aglomeravam no domingo em frente à Delegacia de Capturas (Decap) no intuito de obter informações sobre filhos e companheiros que haviam sido detidos. 

Reunião decidiu sobre autuação no crime de associação criminosa 


O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) acompanhava a aplicação das medidas contra torcidas organizadas cearenses. No dia 5 de fevereiro, a torcida Movimento Organizado Força Independente (MOFI) foi impedida de ter acesso ao estádio Presidente Vargas na partida entre Ceará e CSA pela Copa do Nordeste.

Em reunião com o Núcleo do Desporto e Defesa do Torcedor, no dia 4 de fevereiro, o Nudtor havia se reunido com o Comando das Polícias Civil e Militar e com o Ministério Público Federal para planejar atuação das forças de segurança e foi reforçado na reunião que os envolvidos em brigas dentro e fora dos estádios poderiam responder por crime de associação criminosa.

 

No dia 26 de março, houve conflito no Estádio Presidente Vargas, no jogo entre o Ceará e Ferroviário, onde as câmeras identificaram a participação da torcida Mofi. A medida judicial, que também impede a participação das torcidas Força da Galera e Irmandade Tricolor, é válida pelo jogos do campeonato cearense de futebol.

Nas partidas entre Fortaleza e Horizonte, no dia 25 de janeiro, e entre Ceará e Ferroviário, no dia 26, também foram registrados tumultos.

Entenda a diferença entre Organização Criminosa e Associação Criminosa 


O crime da associação crimiminosa está previsto no Código Penal Brasileiro no artigo 288 e remete "associarem-se três ou mais pessoas, para o fim específico de cometer crimes. A pena é a reclusão de um a três anos.

A lei das Organizações Criminosas do dia 2 de agosto de 2013 define que a organização criminosa é a associação de quatro ou mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com o objetivo de obter direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais cuja penas sejam superiores a quatro anos.

No artigo 2º da Lei das Organizações Criminosas é apontado "promover, constituir, financiar ou integrar pessoalmente ou por interposta pessoa, organização criminosa. A pena é de reclusão, de três a oito anos, e multa. Além disso, a pena pode ser aumentada e agravada sob diversos aspectos. 

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