Confronto de torcidas organizadas foi premeditado e organizado por redes sociais

Confronto de torcidas organizadas foi premeditado e organizado por redes sociais

Investigação da Polícia Civil aponta que torcidas organizadas dos times de futebol do Fortaleza e do Ceará atuam como organizações criminosa

Horas antes da partida entre Ceará e Fortaleza, no sábado passado, 8, as torcidas organizadas se encontraram na avenida Osório de Paiva, no bairro Canindezinho.

Dias antes da partida, as lideranças dos times fizeram publicação nas redes sociais comunicando os trajes para a identificação dos membros, sendo a cor branca para integrantes do Fortaleza e preta para a torcida do Ceará.

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A informação foi divulgada em coletiva de imprensa da Polícia Civil do Ceará (PC-CE) na manhã desta segunda-feira, 10.

A Delegacia de Combate às Ações Criminosas Organizadas (Draco) investiga que torcidas organizadas dos times de futebol atuam como organizações criminosas.

 

Um relatório técnico da Polícia Civil sobre a ocorrência revela que, no dia do confronto, a avenida foi tomada por uma “guerra” em que eram arremessados, de ambos os lados, pedras, pedaços de madeira e artefatos explosivos como rojões e bombas de fabricação caseiras conhecida por “cabeça de nego”.

Um dos grupos tiveram confronto direto com policiais militares, arremessando pedras, pedaços de madeira e outros objetos que estavam espalhados pela via.

Confronto premeditado: torcidas já estavam sendo monitoradas

De acordo com o titular da Draco, delegado Alisson Gomes, as torcidas estavam sendo monitoradas e com estratégias de inteligência, sendo possível a ação policial estar no local estratégico do confronto.

“A gente conseguiu debelar a violência, poderia ter sido muito pior. Essa ação policial estava no local certo para que não tivessem consequências maiores. Se eles insistirem nessas condutas, eles vão ser autuados como foram sábado”, disse o delegado.

O que chama atenção é a sistematização das organizadas com foco nos conflitos.

O relatório da PC-CE revela ainda que os envolvidos costumam marcar um local de encontro para seguirem rumo ao estádio “fazendo baderna e digladiando-se com torcedores rivais ou até mesmo com torcedores do mesmo clube que não são vistos como aliados”.

O documento afirma que, anteriormente, o Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol (TJDF/CE) proibiu a presença das citadas torcidas nos estádios cearenses em jogos em que os clubes fossem mandantes ou não.

Os integrantes, a partir disso, resolveram comunicar aos seus integrantes que seria necessário, até para suas identificações, que fossem ao estádio no dia de hoje com camisas de cores específicas.

“Foram duas postagens na rede social WhatsApp das páginas intituladas “BONDEDOSHOOLIGANS1918”, em que também determinava o local de concentração antes da saída para o estádio, e “LEOESDATUFZSOFICIAL” em que o grupo pedia que todos os integrantes fossem de camisa branca”, consta no texto do relatório.

Ainda segundo o documento, outra torcida do Fortaleza, conhecida por Jovem Garra Tricolor (JGT), iria com a camisa na cor azul. Já os integrantes das torcidas do Ceará, que também foram avisados pelas redes sociais sobre a padronização, pelo perfil “CEARAMOROFICIAL”, iriam de preto”.

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