Casa de shows na Serrinha é interditada por ser vinculada à facção, segundo Ministério Público

Casa de shows na Serrinha é interditada por ser vinculada à facção, segundo Ministério Público

As investigações do Ministério Público do Estado apontaram que o local era usado para reuniões de faccionados, cooptação de novos membros e para o gerenciamento logístico de outras ações criminosas

Uma casa de show localizada no bairro Serrinha, em Fortaleza, foi interditada na manhã desta quinta-feira, 6, pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), do Ministério Público do Ceará (MPCE). As investigações apontam que as atividades no estabelecimento conhecido como ‘Nitro Dance Fest’ estariam vinculadas a uma facção criminosa de origem carioca, com atuação no Ceará.

A Operação “Fim de Festa” resultou na prisão do sócio-administrador da casa de shows, além do cumprimento de 11 mandados de busca e apreensão contra outros investigados, autorizados pela Vara de Delitos de Organizações Criminosas do Estado do Ceará.

É + que streaming. É arte, cultura e história.

+ filmes, séries e documentários

+ reportagens interativas

+ colunistas exclusivos

As investigações apuraram que o estabelecimento alvo das operações realizava eventos festivos com apologia ao crime organizado e funcionava como reduto para atender aos interesses da facção, principalmente do núcleo subordinado a uma das principais lideranças do grupo criminoso, preso preventivamente em 2023.

Na operação, foram feitas diligências em imóveis localizados na Serrinha, Parque Dois Irmãos e Mondubim, resultando na apreensão de celulares, maquinetas de cartão de crédito, notebooks e documentos, que serão analisados pelos órgãos especializados.

As equipes também cumpriram mandados de buscas junto às celas de investigados que já se encontravam presos, mas nada de relevante foi encontrado.


A operação contou com o apoio do Departamento Técnico Operacional da Polícia Civil (DTO/PCCE) e da Coordenadoria de Inteligência da Secretaria de Administração Penitenciária (COINT/SAP), além da cooperação de unidade da 3ª Companhia do 6º Batalhão Policial Militar (3ª CIA/6º BPM).

Casa de shows funcionava como reduto para organização logística de atividades da facção

As investigações apontaram que a casa de shows era gerenciada por familiares e pessoas ligadas a um dos líderes da facção, que havia sido preso em 2023. Conforme o MPCE, o local era usado para reuniões de faccionados e/ou cooptação de novos membros.

Além disso, o espaço também estaria sendo utilizado para encobrir outras ações criminosas, como tráfico de drogas, corrupção de menores (adolescentes) e porte de armas de fogo. O MPCE divulgou ainda que há registros de brigas generalizadas, incluindo notificações de pessoas gravemente feridas durante algumas festas realizadas na casa de shows.

De acordo com as investigações, os criminosos também usavam o espaço para “lavagem” de dinheiro obtido por meio de atividades ilícitas. As investigações mostraram que, a partir de contas bancárias de pessoas interpostas e/ou empresas de fachada, alguns dos investigados teriam movimentado, em poucos meses e sem justificativa aparente, valores acima de R$ 1 milhão, de modo incompatível com a renda e/ou patrimônio por eles declarados.

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente

Os cookies nos ajudam a administrar este site. Ao usar nosso site, você concorda com nosso uso de cookies. Política de privacidade

Aceitar