Suspeito de matar policial penal era investigado por morte de segurança na Aldeota
Além de ser um dos executores de José Wendesom Rodrigues de Lima, Wellison Gonçalves da Silva, o "Pica-Pau", teria matado Cláudio Medeiros de Sousa em 18 de novembro
Entre os suspeitos de envolvimento na morte do policial penal José Wendesom Rodrigues de Lima está um homem que era investigado por matar um segurança no bairro Aldeota, em Fortaleza, no último dia 18 de novembro. Wellison Gonçalves da Silva, o “Pica-Pau”, de 26 anos, foi uma das três pessoas mortas em intervenção policial nessa quinta-feira, 30, na comunidade do Oitão Preto, no bairro Moura Brasil.
O assassinato do segurança Cláudio Medeiros de Sousa, de 32 anos, ocorreu no cruzamento das avenidas Desembargador Moreira e Santos Dumont no bairro Aldeota. Ele havia sido contratado por um homem para acompanhá-lo e algumas outras pessoas em uma boate da região.
É + que streaming. É arte, cultura e história.
Conforme a investigação policial, era por volta das 3h30min quando um veículo modelo GM Chevrolet Ônix Plus, de cor prata, aproximou-se de Cláudio. Um homem que estava no banco traseiro desceu do veículo e efetuou vários disparos contra ele. O criminoso ainda roubou um pertence da vítima, que os policiais acreditam poder ser uma arma de fogo.
Cláudio chegou a ser socorrido ao Instituto Dr. José Frota (IJF), mas não resistiu. Câmeras de vigilância flagraram a cena e permitiram com que os policiais concluíssem que o alvo da execução era mesmo o segurança.
Conforme James Heyller Gola Souza, de 25 anos, um dos suspeitos preso pela morte de José Wendesom, Cláudio foi morto por Wellison. Em depoimento à Polícia Civil, James Heyller afirmou que o homem para quem Cláudio fazia a segurança havia matado o irmão de Wellison na cidade de Santarém, no Pará.
O contratante de Cláudio foi identificado como Bruno Henrique Castro Fonseca, de 26 anos, apontado como integrante da facção criminosa Comando Vermelho (CV). No Pará, ele tem três mandados de prisão em aberto por homicídios. Para não ser identificado, Bruno Henrique usava no Ceará uma identidade em nome de Ricardo Santos Araújo.
O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) procurou Bruno Henrique para que ele deposse sobre a morte de Cláudio, mas ele não compareceu ao procedimento. Por meio de advogado, Bruno Henrique chegou a pedir aos policiais para prestar o depoimento por meio de videoconferência. Ele não ainda não foi localizado.
Outra ligação entre as mortes de José Wendesom e de Cláudio é o fato do carro modelo GM Chevrolet Ônix Plus usado na execução do segurança ser utilizado por Nonato Lopes dos Santos, de 31 anos, preso com uma pistola e munições durante as buscas por suspeitos do assassinato do policial penal.
Em depoimento, Nonato disse que, à época do crime que vitimou Cláudio, ele alugava o veículo para um amigo seu. O inquérito que investiga a execução do segurança segue em andamento para identificar a participação de outras pessoas no crime.
Saiba Mais
Conforme as investigações, Wellison, James Heyller e outras pessoas faziam parte de um grupo que planejava utilizar explosivos para promover uma fuga de presos da Unidade Prisional Professor José Jucá Neto (UP-Itaitinga3), na Região Metropolitana de Fortaleza.
O policial penal José Wendesom Rodrigues de Lima, de 37 anos, fazia, ao lado de um colega, o monitoramento de um dos suspeitos de tramar o plano quando foi abordado e morto pelos criminosos.
A morte de José Wendesom é considerada elucidada pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS). Foi apurado que os executores do crime foram Wellison e Will Pessoa da Silva, enquanto James Heyller dirigia o carro utilizado na ação.
Ao todo, foram presas quatro pessoas. Além de Will, James Heyller e Nonato, foram autuados Isaac Lucas Oliveira de Azevedo, de 29 anos.
Já na intervenção policial, morreram, além de Wellison, Luan Henrique Bezerra de Souza, conhecido como Buchecha, de 20 anos, que era um dos monitorados pelos policiais penais; e uma mulher identificada até o momento apenas como Jéssica Silva, que era namorada de Luan Henrique.
Conforme a SSPDS, o trio resistiu à abordagem policial e foi morto pelos policiais em legítima defesa. Com eles, foram apreendidos quatro armas de fogo calibre 38, 380 e 9 milímetros; 21 munições; dois carregadores de pistola; três tabletes de cocaína; e nove tabletes de maconha.
Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente