Hemoce recebe Circo Celestia para incentivar a doação de sangue
As atrações circenses visam atrair doadores para evitar redução de estoque de doações no Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará
O Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (Hemoce) recebeu os artistas circenses do Circo Celestia, na manhã desta terça, 28, para incentivar a doação de sangue. A iniciativa solidária ocorreu na sede do órgão para reforçar os estoques do Hemoce e salvar vidas.
Nesta ação, a adrenalina do globo da morte foi a principal apresentação do circo e atraiu a atenção das pessoas que transitavam próximo a sede do Hemoce, na avenida José Bastos. Além dessa apresentação circense, a apresentação aberta ao público contou com a participação de palhaços, acrobatas e malabaristas.
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“Essas iniciativas chamam a atenção da população. Primeiro para desmistificar que a doação de sangue é uma coisa complicada, arriscada, algo que dá medo”, afirma a diretora-geral do Hemoce, Luciana Carlos. “Doar é simples, tranquilo e seguro. Essas ações visam isso: aproximar as pessoas nesses momentos mais animados”.
Luciana explica que a iniciativa resulta da solidariedade circense e do “mapeamento” do Hemoce. Segundo a diretora-geral, o órgão mapeia os períodos do ano em que ocorrem a refração de doações de sangue.
Ela informa que o Ceará já superou o problema de escassez de estoque que poderia prejudicar um possível atendimento, mas diz que o risco existe. Luciana Carlos afirma que não sabe exatamente quando isso foi uma dificuldade a ser superada, uma vez que o Hemoce tem conseguido manter um ritmo adequado de doações devido às próprias políticas de captação de doadores.
Em 2024, o Hemoce superou 110 mil doações e atingiu, assim, o maior número já registrado. A maior quantidade de captação do Estado havia sido 106 mil doações no período da pandemia da Covid-19, de acordo com a diretora-geral do órgão.
“Nós mapeamos esses momentos de férias e grandes feriados. Os grandes feriados preocupam muito porque, há possibilidade de ter uma maior necessidade”, comenta a diretora-geral em referência ao feriado de Carnaval.
Conforme Luciana Carlos, a preocupação do Hemoce se baseia no aumento do deslocamento de pessoas que aproveitam os feriados longos para viajar. Em caso de acidente de trânsito, a procura pelo atendimento no Centro de Hematologia é maior.
Nesse panorama, “as pessoas estão se deslocando e não estão doando, então é um momento em que o Hemoce precisa estar preparado”, comunica Luciana.
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A doadora Ana Beatriz foi ao Hemoce pela primeira vez porque “queria viver a experiência de ajudar as pessoas”. Ela foi doar sangue sem saber da ação solidária do circo, mas diz que percebeu que as atrações circenses atraíram “bastante gente, tanto para ver a apresentação como para doar”. Já a doadora Camila Vitória comenta que as atrações circenses geram “conforto” em meio a ansiedade de doar sangue.
Bryan Stevanovich, diretor do Circo Celestia, informa que essas iniciativas são tradição dos artistas circenses das companhias da família Stevanovich. “O circo ele vem à cidade para somar. Então, sempre fazemos ações solidárias, e dessa vez nosso intuito é incentivar a população a doar sangue”, ressalta.
“Pela primeira vez montamos o globo da morte no meio da rua, da José Bastos (avenida), onde parou carro, parou moto. E nossa ideia é parar a cidade para alertar que o Hemoce existe e precisa das pessoas”.
Segundo Bryan Stevanovich, em todos os países por onde os artistas passam, o Circo Celestia procura instituições como hospitais públicos e locais como o Hemoce para promover gestos solidários. O circo deu ingresso a quem foi ao Hemoce doar sangue, nesta terça-feira.
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