Suspeito de matar motorista por aplicativo e filmar o crime é preso no Pici
Dabson Rian de Andrade Silva, de 18 anos, também é suspeito de assassinar uma jovem de 18 anos, também no Pici. Suspeito "queria ganhar fama na facção", disse testemunhaUm homem de 18 anos foi preso nessa terça-feira, 22, suspeito de envolvimento em, pelo menos, dois homicídios registrados recentemente no bairro Pici, em Fortaleza. Dabson Rian de Andrade Silva, conhecido como Traquina, teria matado um motorista por aplicativo no último dia 17 de dezembro e também uma jovem de 18 anos no último dia 10 de janeiro.
Contra ele havia um mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça após pedido da Polícia Civil do Estado (PC-CE). As investigações da 6ª Delegacia do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) apontam que Dabson Rian é integrante da facção criminosa Guardiões do Estado (GDE).
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Ele teria sido um dos executores de Francisco Paulo Barbosa Filho, de 21 anos, morto, em dezembro, enquanto fazia uma corrida por aplicativo na região. O inquérito que apura o caso segue em andamento e ainda é investigada a suspeita de que Francisco Paulo foi assassinado apenas por ser morador de uma região onde atua facção rival à GDE.
Suspeito "queria ganhar fama na facção", diz testemunha
Já no caso de Maria Eduarda Duarte Oliveira, morta no último dia 10, a 6ª DHPP apurou que o crime ocorreu após um desentendimento da vítima com a própria mãe.
Integrantes da GDE intervieram e cobraram satisfações da vítima, mas Maria Eduarda teria respondido, por meio de um áudio no celular, com xingamentos a uma pessoa que seria membro da facção.
“Vai tu e a GDE tomar no cu que eu não como às custas de ninguém”, ela teria dito, um dia antes do crime. Após isso, conforme a Polícia, um homem, que seria Dabson Rian, invadiu a casa onde Maria Eduarda estava e disparou três vezes contra ela. Dudinha, como era conhecida, morreu no local.
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“Ele queria ganhar fama na facção”, disse, sobre Dabson Rian, uma testemunha no inquérito que investiga a morte de Maria Eduarda. “Rian quer criar 'asa' dentro (da) facção, pois, matando, prova a lealdade para a facção”, afirmou outra testemunha.
“Na 6ª Delegacia do DHPP foram realizados os procedimentos cabíveis e ele foi colocado à disposição da Justiça”, afirmou a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS). “A Polícia Civil continua investigando os casos com o objetivo de localizar e prender todos os envolvidos nas duas ações criminosas”.