"Três meses e não há respostas", diz viúvo sobre esposa morta por guardas

O tiro teria partido de guardas municipais do Eusébio durante abordagem a motociclistas na BR-116. Agentes foram afastados mas seguem em liberdade

Três meses depois da morte de Flávia Maria Ferreira Sampaio Barros, de 43 anos, a família sofre com a morte violenta e a sensação de impunidade. Flávia estava no banco do passageiro da frente no automóvel com o marido e os filhos quando foi atingida por um tiro que atravessou o carro. Ela estava com a criança caçula no colo. 

O crime aconteceu no dia 19 de outubro, na BR-116, no bairro Pedras, enquanto uma viatura perseguia uma dupla em uma motocicleta. Os tiros efetuados pelos profissionais da segurança, em direção aos motociclistas, atravessaram o automóvel da família e um deles atingiu a mulher, que morreu no local. 

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Adriano da Silva Barros viveu um casamento de 30 anos com Flávia, com quem construiu uma família e obtiveram a casa própria. O casal residia na Região Metropolitana de Fortaleza, mas aos fins de semana visitavam parentes. 

Durante o retorno de uma dessas visitas, no dia 19, visualizaram uma viatura da guarda municipal em perseguição a uma motocicleta. Em seguida, eles escutaram os tiros e verificaram que Flávia havia sido atingida.

A família procurou socorro em um estabelecimento as margens da rodovia, que acionou a Polícia e uma ambulância, mas a vítima não resistiu. 

O pai descreve que após a morte da companheira o filho mais novo tem crises de choro constante, a irmã se mantém isolada e chora pedindo pela mãe. "Está horrível a minha situação. Já completou três meses e nenhuma resposta da Polícia Civil, nem acesso ao inquérito eu tenho", lamenta. 

Guardas municipais do Eusébio são afastados 

As investigações apontaram que o tiro partiu de guardas municipais do Eusébio, na Região Metropolitana de Fortaleza, que abordavam pessoas em uma motocicleta e efetuaram tiros, que atingiram o automóvel conduzido por Adriano, atingindo Flávia.

Os agentes municipais foram afastados e as armas aprendidas. O caso é investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Apesar da identificação, os agentes seguem soltos, o que causa a sensação de impunidade na família. 

 

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