Alunos da rede pública são classificados para seleção de competições internacionais

O Colégio Militar do Corpo de Bombeiros (CMCB) é destaque como a escola pública com maior número de alunos convidados para a seleção de equipes que representarão o Brasil nas Olimpíadas Internacionais de Astronomia de 2025

Sete alunos do Colégio Militar do Corpo de Bombeiros (CMCB), localizado no bairro Jacarecanga, em Fortaleza, foram escolhidos para a etapa seletiva de duas competições internacionais de astronomia. Os alunos se classificaram com base no desempenho na 27ª Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), realizada em 2024. A seleção ocorre dos dias 10 a 13 de março, em Barra do Piraí, no Rio de Janeiro (RJ).

Os alunos selecionados participarão da 18ª International Olympiad of Astronomy and Astrophysics (IOAA), que será realizada na Índia, e a 17ª Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica (OLAA), em local que será definido.

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A matéria de astronomia é ensinada na instituição desde o ano de 2016, e acumulam 600 medalhas em olimpíadas e competições nessa área nos últimos nove anos.

Após matéria ser implementada em 2016, número de medalhas em olimpíadas aumentou

Ao O POVO o capitão do Corpo de Bombeiros Militar do Ceará (CBMCE) e professor de astronomia do colégio, João Romário Fernandes, destaca que a astronomia tem a capacidade de chamar atenção de crianças e adolescentes graças ao tema ser referido em histórias, livros e filmes.

“Trazê-la para a sala de aula é ganhar um aliado de peso em termos de poder de atração e motivação para aprender. O que a gente procura fazer é canalizar esse poder a favor do aprendizado nas diversas áreas científica”.

“Na escola, a gente tem aumento substancial do número de medalhas obtidas nas olimpíadas após o início do projeto. Só em 2017, ganhamos mais medalhas na OBA do que em todo o período que ia de 2009 a 2016 e os números só foram crescendo ano após ano de lá para cá”, compartilha com orgulho.

Romário relata que é extremamente gratificante experimentar a parceria na sala de aula. “Um problema frequentemente mencionado pelos professores da educação básica é o desinteresse dos alunos pela escola, a minha experiência vai no sentido contrário. Tenho dezenas de alunos que, após a disciplina obrigatória de astronomia que tem no sétimo ano na escola, seguem nas aulas opcionais até o terceiro ano do ensino médio”, finaliza.

"Acreditamos na escola pública, no seu poder de impulsionar talentos e encaminhar trajetórias de vida. Por isso, ver nossa escola em destaque no cenário nacional não tem preço. No que depender de nós, vamos continuar ajudando esses jovens tão dedicados a ir cada vez mais longe", afirma o diretor do colégio, coronel Francisco Albert Einstein Lima Arruda.

Alunos comemoram classificação

A classificação gerou muita felicidade ao aluno Ruan Monteiro, 16, do 2º ano do Ensino Médio, pois segundo o mesmo, foi algo em que se empenhou muito para conseguir. “Estou me esforçando bastante para conseguir obter êxito e me classificar novamente”.

Cursando o 3° ano do Ensino Médio Érila Gomes, 17, conta que se sente grata, pois a classificação reflete o esforço do professor e do apoio que os alunos receberam. “Me sinto muito feliz, por ser uma etapa tão importante de um processo que visa competições internacionais, e mais ainda por ser uma oportunidade de experimentar de forma aprofundada e diferente a astronomia”.

A aluna do 2° ano do Ensino Médio Joyce Lima, 16, relata que se sente honrada em participar da classificação. “Tenho a sensação de trabalho cumprido, mesmo que haja inúmeras provas pela frente. Espero obter bons aprendizados e experiências, quero aproveitar ao máximo e conhecer as centenas de pessoas apaixonadas pela astronomia, assim como eu”.

No 3° ano do Ensino Médio, Sérgio Noronha, 17, afirma que o resultado da classificação é uma recompensa por tanta dedicação e esforço. “Minhas expectativas são de continuar me esforçando para representar o Brasil em uma olimpíada internacional, o que seria uma conquista singular em minha vida”, compartilha.

Estudante do 1° do Ensino Médio Sofia Carneiro, 15, conta que todas as classificações que conquistou são importantes para a mesma. “Essa em especial tem um peso maior por se tratar de uma matéria que eu possuo muito interesse e venho estudando e participando da OBA desde 2021”.

Ainda no 9° ano do Ensino Fundamental, Gabriel Cavalcante, 15, conta que se sente orgulhoso e agradecido por ter sido um dos jovens classificados. “Tenho noção que será uma prova de alto nível e estou me preparando muito para as provas. Espero estar presente nas próximas edições das seletivas e, também, em diferentes olimpíadas de astronomia”.

O jovem Pedro de Castro, 15, cursa o 9° ano do Ensino Fundamental e conta que ficou bastante empolgado com a oportunidade. “Creio que a experiência de participar de uma seletiva com os melhores alunos da área pode me fazer aprender muito mais do conteúdo e também conhecer pessoas incríveis”, explica.

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