Condenado por desviar mais de R$ 1 milhão do TRT é preso em Fortaleza

Homem foi condenado a 14 anos de prisão em regime fechado

10:56 | Jan. 09, 2025

Por: Mirla Nobre
Foragido foi preso pela Polícia Federal em Fortaleza (foto: Reprodução/PF)

O ex-servidor público Ernando Veras Leitão, de 57 anos, condenado por desviar mais de R$ 1 milhão do Tribunal Regional do Trabalho da 7ª região (TRT-7), em Crateús, foi preso nessa quarta-feira, 8, pela Polícia Federal (PF).

O foragido foi localizado enquanto se deslocava com familiares após um almoço na área turística de Fortaleza. Ele foi condenado, em primeira instância, a 14 anos de prisão em regime fechado, por improbidade administrativa pelo juiz Ricardo Ribeiro Campos, da 17ª Vara Federal do Ceará, em 2013.

De acordo com a PF, após a prisão, ele foi conduzido à sede da Polícia Federal no Ceará e, em seguida, transferido ao sistema prisional do Estado, onde permanecerá à disposição da Justiça.

Ex-servidor fraudou 150 processos judiciais durante dez anos

A condenação apontou que o condenado fraudou 150 processos judiciais do TRT durante dez anos. Veras se apropriou de pelo menos R$ 1 milhão de custas judiciais. A fraude foi descoberta em fevereiro de 2010 pelo juiz do Trabalho Robério Maia de Oliveira, que na época respondia pela unidade de Crateús.

De acordo com o magistrado, o dinheiro da fraude ia parar em uma conta particular, por meio de transações que envolviam as contas da ex-esposa do servidorm, identificada como Elizabeth Morais Machado.

Segundo a sentença, o ex-servidor “valendo-se da condição de servidor público federal desviou valores de contas judiciais, que estavam à disposição do juízo trabalhista”.

De acordo com a denúncia, Ernando Veras Leitão “articulou um engenhoso mecanismo de desvio de verbas”, mas foi traído por grosseiras falsificações de “comprovantes de recolhimentos, assim como a ocultação de alvarás que transferiam os valores para contas de terceiros”, revela o processo.

O ex-servidor foi condenado à perda da função pública, suspensão de direitos políticos por oito anos e bloqueio de seus bens. (Cláudio Ribeiro e Demitri Túlio)

Atualizada às 12h56min