Agefis embarga demolição do Bangalô Aristides Capibaribe, na Jacarecanga

Equipes da Agefis foram até o local e constataram falta de documentação oficial; parte do teto da estrutura já foi demolida

O Bangalô Aristide Capibaribe, localizado no bairro Jacarecanga, em Fortaleza, começou a ser demolido na manhã desta segunda-feira, 30.

Parte do teto da estrutura já foi retirada. No entanto, profissionais da Agência de Fiscalização de Fortaleza (Agefis) embargaram a ação por falta de documentação oficial que autorizasse o processo.

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Os agentes foram até o local, onde oito homens estavam trabalhando, e pediram para entrar no terreno, mas não foram autorizados pelo representante da obra.

Bangalô Aristides Capibaribe: Guarda Municipal foi acionada

Foi necessário o apoio da Guarda Municipal para os agentes conseguirem entrar no terreno. Os fiscais solicitaram ao representante da obra seu documento de identificação, o qual ele iniciou alegou não possuir naquele momento. Porém, apresentou na sequência.

Com o registro do representante, a Agefis lavrou auto de infração. Agora, o proprietário da construção deverá comparecer à sede da Regional II para esclarecimentos.

Com auto lavrado, o representante da obra "prometeu" que a demolição seria interrompida, mas que permaneceria no local à espera do proprietário.

Há uma semana, uma vizinha do terreno entrou em contato com os proprietários para reclamar sobre uma parte da estrutura do bangalô que caiu em sua casa e derrubou algumas telhas.

Bangalô Aristides Capibaribe teve processo de tombamento arquivado

O Bangalô Aristides Capibaribe é uma herança do século XIX. O sobrado de três pisos situado no bairro Jacarecanga primeiro foi chamado de Palacete Oscar Pedreira (1896-1977), em homenagem ao empresário fortalezense que implantou a primeira linha de ônibus da Capital, na década de 1920. Depois foi renomeado em homenagem a Aristides Capibaribe, presidente da Federação Cearense de Futebol em 1932.

Construído em estilo neoclássico, o prédio é propriedade privada, mas desde 2007, aguardava a evolução do tombamento provisório para o definitivo. Após 17 anos, a Procuradoria-Geral do Município (PGM) decidiu, no entanto, arquivar o processo.

Em 2018, passou por intervenções com alvenaria para evitar invasões. O casarão teve portas e janelas fechadas sem autorização da Coordenação de Patrimônio Histórico-Cultural da Secretaria da Cultura de Fortaleza (Secultfor).

Com informações do repórter Mateus Brisa

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