Fortaleza: 700 mil imóveis serão visitados em operação contra arboviroses

Medida visa eliminar de focos do Aedes aegypti e informar sobre a prevenção. Visitas devem ocorrer em 48 bairros de maior incidência

Lançada no último mês de novembro, a Operação Inverno 2024/2025 irá visitar 779 mil imóveis de Fortaleza. As edificações estão localizadas em 48 bairros de maior incidência do mosquito Aedes aegypti, como Alto da Balança, São João do Tauape e Aerolândia.

Durante as visitas, 1.338 profissionais irão atuar na eliminação de focos do mosquito e repasse de informações sobre os cuidados a serem tomados durante a quadra chuvosa que se aproxima.

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Esta será a nona edição da operação que entre novembro de 2023 e fevereiro deste ano, visitou 674 mil imóveis, com eliminação de nove mil focos do Aedes aegypti. De acordo com a Prefeitura de Fortaleza, a expectativa é neutralizar a propagação de arboviroses durante o período chuvoso, mais propenso a atuação do mosquito vetor.

Até o mês de outubro, 1.711.324 lares e estabelecimentos foram vistoriados e 28 mil focos foram extintos. Os dados também compreendem visitas realizadas após o período da operação.

Conforme explica o coordenador de Vigilância em Saúde de Fortaleza, Nélio Morais, a Operação inverno é realizada entre os meses novembro e fevereiro por estes antecederem o período de maior incidência do mosquito, que ocorre de março a junho.

O maior número de mosquitos avistados nesse período pode ser atribuído à combinação de chuvas, calor e umidade, frequente na capital cearense durante o primeiro semestre do ano.

"Tem toda uma tríade que se chama calor, chuva e umidade. A umidade é fundamental para ampliar o ciclo de reprodução do vetor. Então você vai ter mais mosquitos nesse período. A chance do vetor infectar as pessoas se torna muito maior", pontua Morais.

Confira quais bairros participam da Operação Inverno 2024/2025

Regional - I

1 - Barra do Ceará
2 - Cristo Redentor
3 - Jardim Guanabara
4 - Vila Ellery

Regional - II

5 - Aldeota
6 - Cais do Porto
7 - Joaquim Távora
8 - Meireles
9 - Mucuripe
10 - Praia do Futuro I
11 - Praia do Futuro II
12 - São João do Tauape
13 - Vicente Pizon

Regional - III

14 - Antônio Bezerra
15 - Henrique Jorge
16 - Presidente Kennedy
17 - Autran Nunes
18 - João XXIII
19 - Bom Sucesso
20 - Dom Lustosa

Regional - IV

21 - Vila Peri
22 - Parangaba
23 - Serrinha
24 - Montese
25 - Itaperi
26 - Vila União

Regional - V

27 - Canindezinho
28 - Conjunto Ceará - I
29 - Conjunto Ceará - II
30 - Granja Portugal
31 - Mondubim
32- Novo Mondubim
33 -Parque Genibaú
34 - Prefeito José Walter

Regional - VI

35 - Aerolândia
36 - Barroso
37 - Cidade dos Funcionários
38 - Dias Macedo
39 - Jangurussú
40 - Jardim das Oliveira
41 - Lagoa Redonda
42 - Messejana
43 - Passaré
44 - Parque Dois Irmãos
45 - Paulina
46 - Sapiranga Coité

Regional - VII (Centro)

47 - Centro
48 -Praia de Iracema

Cenário de arboviroses na Capital

De acordo com o Sistema de Monitoramento Diário de Agravos (Simda), que monitora quadros de arboviroses, animais peçonhentos e outras doenças na cidade, a Capital teve 3242 casos confirmados de dengue este ano, com pico de 815 casos no início do mês de abril.

Os números têm diminuído desde então e chegam a 49° semana epidemiológica, referente aos dias entre 9 e 15 de dezembro, com 50 casos notificados. O índice corresponde à metade das notificações no mesmo recorte do ano passado, quando 100 suspeitas foram apontadas.

De acordo com Morais, não é possível prever se haverá ou não controle da doença durante o início de 2025, competindo ao poder público o papel de reforçar a prevenção em residências e prédios coletivos, como escolas e comércios.

Por fim, o coordenador aponta que a participação popular em massa é fundamental no combate ao mosquito, e que um mínimo descuido pode resultar em prejuízos para toda uma comunidade.

"Você identifica focos quando faz o controle, elimina esses focos, dialoga com os moradores e quando você volta no segundo ciclo você vai encontrar focos de novo. Há uma resistência de um segmento da sociedade. Se você quer um índice de infestação desejável abaixo de 1% para ter uma certa garantia de não ocorrência de epidemias, uma casa apenas em torno de 100 casas poderá derrubar todo o processo", afirma.

Confira os bairros com mais casos de dengue este ano

  1. Centro: 131
  2. Messejana: 112
  3. Passaré: 96
  4. Jangurussu: 93
  5. Praia do Futuro Ii: 93
  6. Joaquim Távora: 90
  7. Serrinha: 81
  8. Barra do Ceará: 73
  9. Montese: 70
  10. Vicente Pinzon: 68
  11. Aldeota: 67
  12. Meireles: 52
  13. Praia do Futuro I: 52
  14. Vila União: 52
  15. Dias Macedo: 51
  16. Fátima: 49
  17. Barroso: 49
  18. Mondubim: 47
  19. Aerolândia: 47
  20. Lagoa Redonda: 43
  21. Quintino Cunha: 43
  22. Parangaba: 43
  23. Itaperi: 42
  24. São João do Tauape: 42
  25. Antônio Bezerra: 40
  26. Prefeito José Walter: 40
  27. Henrique Jorge: 38
  28. Conjunto Ceará I: 38
  29. Vila Velha: 34
  30. Papicu: 32
  31. Palmeiras 31:
  32. Jardim das Oliveiras: 30
  33. Pici: 30
  34. Alto da Balança: 30
  35. Edson Queiroz: 29
  36. Mucuripe: 28
  37. Paupina: 28
  38. Dionísio Torres: 27
  39. Jacarecanga: 27
  40. Parque Dois Irmãos: 27
  41. Granja Portugal: 26
  42. Granja Lisboa: 25
  43. Boa Vista: 24
  44. Cidade dos Funcionários: 24
  45. Álvaro Weyne: 24
  46. Benfica: 24
  47. Rodolfo Teófilo: 23
  48. Parque Genibaú: 23

*Dados retirados do Simda

Atualizada às 11h45min

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