Acusado de matar bombeira enviava mensagens de WhatsApp pedindo perdão

"Eu te amo, não tenha vergonha de me perdoar", dizia uma das mensagens. Lucas invadiu a casa de Aparecida, que foi vítima de espancamento e asfixia

Francisco Lucas César da Silva, preso em flagrante acusado do feminicídio que vitimou a bombeira civil Aparecida dos Santos Silva, enviava mensagens de WhatsApp pedindo para ser perdoado. O barbeiro não aceitava o fim do relacionamento e pedia uma nova "chance". 

Nas mensagens obtidas pelo O POVO, o homem, de 30 anos, fazia promessas. "Não tenho ânimo para nada, mas vou trabalhar para a gente. Eu te amo, não tenha vergonha de me perdoar. Só te peço uma chance de concertar (sic) isso amor. Que essa mágoa passe. Não dá chance a ninguém não, se alguém perguntar se está solteira diz que não", afirmavam as mensagens. 

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Além da insistência nas mensagens, Lucas foi até a casa de Aparecida e batia no portão deixando a vítima assustada com a situação.

Ela chegou a dormir acompanhada de uma amiga um dia antes do crime e pretendia registrar um Boletim de Ocorrência (B.O), mas teve a casa invadida pelo ex-companheiro. Ela foi espancada e asfixiada. 

Conforme uma familiar, cujo nome será preservado, Aparecida permaneceu com Lucas durante cinco meses, mas recebeu informações de que ele teria tentado envenenar uma ex-companheira.

Além disso, o homem que demonstrava ciúme excessivo e conversava com outras mulheres por meio das redes sociais. "Ela viu mensagens dele traindo com outras mulheres", diz a familiar ouvida pelo O POVO

Assustada, a jovem percebeu que havia uma situação de risco e resolveu se afastar, mas o ex passou a ameaçá-la e persegui-la. A vítima chegou a mudar de residência; porém, Lucas descobriu o novo endereço. "Ela havia se mudado de casa e estava há uma semana que havia alugado a casa", descreve.

Família pede Justiça 

Com as mãos sobre a carteira profissional de bombeira civil de Aparecida dos Santos Silva, a familiar aponta o feminicídio de Dheyna, como era conhecida, como o fim de um sonho. Ela tinha 25 anos de idade.

"Você sabe o que é isso? Essa carteira de bombeiro profissional civil? Isso era um sonho dela, ela estava prestando serviço e salvando vidas, mas foi interrompida por um cara que rouba sonhos e agride mulher", desabafa. 

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A familiar descreve Dheyna como "uma menina prestativa, cheia de sonhos e planos". Ela cursava Enfermagem e fazia serviço voluntário. 

Lucas é descrito pela família de Aparecida como uma pessoa sempre disposta a causar conflitos e que tentava afastá-la dos próprios parentes. Segundo familiares, ele teria roubado R$ 500 de Aparecida e de esconder as botas dela para que não frequentasse o trabalho. 

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