Bombeira civil vítima de feminicídio é homenageada durante sepultamento em Fortaleza
Aparecida dos Santos Silva, 25, conhecida como Dhenya, teria sido morta pelo ex-namorado nessa quinta-feira, 12; Amigos e familiares pedem por justiça
16:07 | Dez. 13, 2024
A bombeira civil Aparecida dos Santos Silva, 25, conhecida como Dhenya, foi homenageada por um grupo de bombeiros civis durante o sepultamento na manhã desta sexta-feira, 13, no conjunto Tancredo Neves, no bairro Jardim das Oliveiras, em Fortaleza. Os profissionais realizaram um cortejo em homenagem à vítima, encontrada sem vida em casa nessa quinta-feira, 12, vítima de um feminicídio.
Pelo menos 30 profissionais, amigos de profissão de Dhenya, estiveram no enterro. O grupo concedeu uma medalha de honra à profissional, que atuava como bombeira desde o ano passado. O grupo, além dos familiares e amigos da vítima, seguiu para o enterro, realizado no Cemitério Bom Jardim.
O crime contra a profissional aconteceu dentro da sua residência, tendo como principal suspeito o ex-namorado Lucas Yan da Silva, de 30 anos. Ele foi preso na tarde de ontem no município de Baturité, a 98,24 quilômetros de Fortaleza. O suspeito teria invadido a residência após pular o muro.
Conforme a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), o homem foi conduzido ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em Fortaleza. Ele deve ser autuado em flagrante por feminicídio. A pasta disse, ontem, que somente após exame pericial será possível estabelecer as causas do óbito da vítima.
Amigos pedem por justiça
Durante o sepultamento, um dos amigos da vítima, Lucas Rocha, afirmou que o sentimento que fica ainda é de revolta. “O que a gente mais espera hoje é a justiça, que ele [suspeito] pague pelo que fez e que ele cumpra a devida pena como é para ser cumprida”, disse.
Um grupo de amigos da bombeira esteve na noite dessa quinta-feira, 12, em frente à sede do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no bairro Fátima, em Fortaleza, realizando uma manifestação aos gritos de “Justiça pela Dhenya”. “A gente vai continuar marcando colado para que a justiça seja feita”, afrima Lucas Rocha.
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