Passeio ciclístico no Centro de Fortaleza reúne mais de 150 pessoas
Trajeto percorreu espaços da Rede Pública de Equipamentos Culturais do Ceará (Rece) localizados no Centro e pontos históricos da CidadeDa cultura à atividade física. Da Estação das Artes ao Theatro José de Alencar. A segunda edição do "Bó di Bike com o Ioiô", passeio ciclístico que percorre espaços culturais e históricos do Centro de Fortaleza, aconteceu neste domingo, 8.
A concentração na Estação das Artes, onde se inicia o trajeto, tinha mais do que o número máximo de inscrições permitia, que era de 150. O local começou a aglomerar pessoas a partir das 6 horas e a saída das bicicletas ocorreu por volta das 7h45min. O fim do circuito se deu às 10h21min.
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Por meio do evento, ciclistas podem visitar espaços da Rede Pública de Equipamentos Culturais do Ceará (Rece) no Centro e praças históricas da Capital.
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Pedro Porfirio Muniz, 60, acompanhado da esposa, Maria Aparecida Montenegro, 61, participavam pela primeira vez. "A gente viu a chamada, viu aquele bode, e achou que era alguma coisa ligada ao bloco Bode Beat, algo mais carnavalesco. Por isso vim com esse chapéu cearense", revela Pedro.
"Temos bicicletas, mas estavam meio paradas. Sabíamos que ia começar daqui e ia circular pelo Centro. Moramos no bairro Aldeota. Vimos o circuito, achamos tranquilo e que dava para vir", disse Maria Aparecida.
Iarley Oliveira, 25, e Maria Nazaré de Amorim Ferreira, 56, foram a convite de Rochele Barreto, 39 anos, prestigiar.
Normalmente, o grupo pedala próximo ao Castelão, ou em outros municípios, como Maranguape, Maracanaú, Caucaia, Canindé, Morada Nova, entre outros.
"Por ser histórico acho interessante, valoriza mais a Cidade. A gente pedala tanto para fora que acaba esquecendo de pedalar aqui dentro. Eu não sabia que aqui era a Estação das Artes. Eu nunca fui ao Dragão do Mar. Às vezes o gringo conhece mais Fortaleza do que a gente. Isso incentiva os ciclistas locais conhecerem a própria Cidade", pontuou Iarley.
Geórgia Landim, 42, o marido João Bosco, 40, e os filhos Rafael Landim, 8, e João Pedro, 11, participaram das duas vezes. "Viemos repetir a dose", brinca Geórgia.
"Alguns pontos históricos já conhecíamos, como a Estação das Artes, a Bece [disse o filho mais novo, Rafael], o Theatro, e o Cineteatro São Luiz. A gente curtiu eventos nesses locais, já que muitas atividades são gratuitas", explicou a mãe.
Trajeto do Bode Ioiô
O itinerário tem aproximadamente 8 quilômetros (km) e é guiado pelo artista Evan Teixeira, caracterizado e interpretando o personagem. "É uma alegria ser atravessado tanto como cidadão quanto como artista pela história desse ícone cearense. Na época de escola, estudei brevemente sobre as andanças do Bode Ioiô, e quando comecei a desenvolver minha pesquisa artística sobre ele, mergulhei ainda mais em seus casos e causos. O que me deixou encantado por completo, pois Ioiô é um símbolo importantíssimo da irreverência e da força do manifesto popular, que são traços marcantes e atemporais do povo cearense", conta Evan.
De acordo com ele, no "Bó di Bike", a atemporalidade do Ioiô se faz muito presente, pois, ao performar de Bode, mediando o passeio junto aos ciclistas, os mesmos que Ioiô também fazia nas caminhadas diárias, "constrói-se novas narrativas com o público".
Por trás do "Bó di Bike com o Ioiô"
O evento é promovido pela Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Secult-CE), por meio do Museu do Ceará, espaço da Rede Pública de Equipamentos Culturais do Ceará (Rece), e também conta com apoio do Complexo Cultural Estação das Artes, da Biblioteca Pública Estadual do Ceará (Bece), do Sobrado Dr. José Lourenço, do Cineteatro São Luiz e do Theatro José de Alencar.
As inscrições estavam abertas até o dia 5 de dezembro, exclusivamente por meio do Mapa Cultural do Ceará. Para participar, era necessário realizar a doação de 1 kilo (kg) de alimento, que é destinado ao Programa Ceará Sem Fome.
Nos dias 6 e 7 deste mês foi realizada a arrecadação dos alimentos e a distribuição da camiseta do passeio, restrita aos 150 primeiros inscritos, no Anexo Bode Ioiô.
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