Três suspeitos são presos com 168 kg de maconha no Álvaro Weyne, em Fortaleza

O trio integrava a mesma facção criminosa de origem carioca. A droga encontrada nos endereços estava armazenada há pelo menos três dias

Três pessoas suspeitas de envolvimento com o tráfico de drogas foram presas em flagrante na manhã desta terça-feira, 26. De acordo com a Polícia Civil do Ceará (PCCE), a captura aconteceu no bairro Álvaro Weyne, em Fortaleza. Com o trio foram apreendidos 168 kg de maconha e aparelhos celulares.

As investigações tiveram início após denúncia recebida pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco). A partir disso, os policiais civis iniciaram o monitoramento de três indivíduos suspeitos de envolvimento com o crime.

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Durante as apurações, descobriram que dois imóveis no bairro Álvaro Weyne estavam sendo usados como depósitos para armazenar os entorpecentes. Por volta das 5h da manhã desta terça-feira, 26, os policiais se dirigiram para os endereços. .

“No primeiro imóvel, uma mulher de 24 anos foi abordada, e os policiais encontraram cerca de cinco caixas de entorpecentes. No local, também foi preso um homem de 21 anos, que atuava como ‘olheiro’ da organização criminosa, responsável por vigiar o ambiente e alertar sobre possíveis ações policiais ou a presença de facções rivais”, informou o delegado adjunto da Draco, João Carlos Machado.

A mulher presa já possui antecedentes criminais datados de 2021, quando foi detida pela Polícia Civil do Ceará transportando 15 quilos de maconha como “mula”, trazendo a droga do interior do Estado para a Capital. Segundo as investigações, ela atua no grupo criminoso no transporte e armazenamento de entorpecentes.

Em um segundo imóvel, localizado próximo à casa da mulher, outro integrante do grupo criminoso, também de 21 anos, foi preso, e mais drogas foram apreendidas.

De acordo com o delegado da Draco, o trio integrava a mesma facção criminosa de origem carioca, o Comando Vermelho (CV). A droga encontrada nos endereços estava armazenada há pelo menos três dias e ainda não havia sido distribuída.

Os entorpecentes traziam na embalagem uma bandeira do Brasil estampada. “Geralmente, os símbolos encontrados nas embalagens da droga são utilizados no meio criminoso como uma marca do fornecedor, uma espécie de identificação interna para rastrear a origem do entorpecente”, explica o delegado.

Investigações continuam

As ações da Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) ocorrem no contexto da Operação Renorcrim, uma iniciativa nacional de combate às organizações criminosas. A operação é articulada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), por meio da Coordenação-Geral de Operações Integradas e Combate ao Crime Organizado (CGOI), da Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência (Diopi), no âmbito da Rede Nacional de Unidades Especializadas de Enfrentamento das Organizações Criminosas (Renorcrim).

A Polícia Civil informou que as investigações seguem para identificar a origem da droga, possíveis outros envolvidos e localizar mais entorpecentes ou bens ilícitos ligados à organização.

A população pode contribuir com as investigações enviando informações para o Disque-Denúncia da SSPDS pelo número 181, ou pelo WhatsApp (85) 3101-0181, onde é possível fazer denúncias via mensagem, áudio, vídeo ou foto. Também é possível utilizar o site da "e-denúncia".

Apreensões de drogas no Ceará

Conforme o delegado-geral da Polícia Civil do Ceará, Márcio Gutiérrez, em 2024, até o momento, as forças de segurança do Estado já apreenderam cerca de 10 toneladas de drogas. “Trata-se de um recorde em apreensões, envolvendo maconha, cocaína e outros ilícitos”.

No primeiro semestre do ano, o Ceará registrou um aumento de 65,50% no número de apreensões de drogas entre janeiro e agosto de 2024, em comparação ao mesmo período do ano passado, quando o número ficava no entorno de três toneladas.

 

 

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