Ceará realiza 1ª cirurgia robótica do SUS no Norte e Nordeste
Procedimento foi realizado em outubro último no Hospital Haroldo Juaçaba, em Fortaleza, pelo Instituto do Câncer do Ceará. Paciente tem câncer de próstataA primeira cirurgia com auxílio robótico para paciente do Sistema Único de Saúde (SUS) no Norte e Nordeste foi realizada em outubro último pelo Instituto do Câncer do Ceará (ICC). O procedimento foi realizado no Hospital Haroldo Juaçaba, no bairro Rodolfo Teófilo, em Fortaleza.
É + que streaming. É arte, cultura e história.
A plataforma de sistema cirúrgico robótico utilizada se chama Da Vinci e é reconhecida internacionalmente. Segundo o ICC, ela tem “alto desempenho na resseção de tumores” e servirá para uma “ampla gama de procedimentos”.
Cirurgias urológicas, ginecológicas, torácicas, de cabeça e pescoço, e abdominais serão facilitadas pelo equipamento. O primeiro procedimento conduzido pelo ICC foi uma cirurgia de prostatectomia radical laparoscópica Considerada uma das cirurgias mais desafiadoras da Urologia, é um procedimento cirúrgico minimamente invasivo que remove a próstata e as vesículas seminais para tratar o câncer de próstata. associada a linfadenectomia estendida A linfadenectomia estendida é um procedimento cirúrgico que remove mais gânglios linfáticos do que a abordagem padrão. É indicada para pacientes com câncer de próstata que apresentam alto risco de recidiva e progressão da doença. .
O paciente em questão, Antônio Braga, de 70 anos, tem câncer de próstata e recebeu alta no dia seguinte à cirurgia. “Foi tudo muito rápido, já estou indo para casa feliz da vida!”, comemora o fortalezense.
“Quando soube que ia fazer a primeira cirurgia robótica me senti seguro e feliz, porque uma equipe completa cuidou de mim. Que Deus abençoe a todos”.
Urologista do Hospital Haroldo Juaçaba e coordenador do Programa de Cirurgia Robótica do ICC, Emanuel Veras foi o responsável por liderar a equipe cirúrgica, junto dos urologistas Gabriel Oliveira e Diego Capibaribe.
Tecnologia no tratamento do câncer
O uso do novo equipamento Da Vinci significa melhoria no tratamento dos pacientes com câncer do ICC, pois a plataforma “minimiza os efeitos colaterais e reduz o tempo de internação hospitalar”, explica o Instituto.
Segundo o CEO do Grupo ICC, Caio Juaçaba, o objetivo com a tecnologia “não é apenas trazer o que há de mais avançado em tecnologia para o tratamento do câncer, mas também garantir que a população tenha acesso a esse tipo de inovação, que antes era restrita a poucos centros de excelência”.
Para possibilitar isso, as equipes médicas e multidisciplinares do ICC passam por capacitações por meio do Programa de Cirurgia Robótica do órgão.
“Por ser também um centro de formação e capacitação para profissionais de saúde, o ICC visa disseminar o treinamento em cirurgia robótica, assim, democratizando o treinamento e o acesso a essa tecnologia, sendo um ganho para a medicina brasileira”, defende Emanuel Veras.
Na visão de Alberto Fiúza, diretor administrativo do Instituto, a introdução do plataforma Da Vinci democratiza o tratamento contra câncer: “O ICC acredita e aposta na tecnologia, mas não a [tecnologia] que fica somente para um pequeno número de pessoas, e sim aquela que alcança toda a sociedade”.
“O papel do ICC é trazer aquilo que está na fronteira do conhecimento, na mais alta tecnologia, e disponibilizar isso para aqueles que de fato necessitam”.