Ceará realiza 1ª cirurgia robótica do SUS no Norte e Nordeste

Procedimento foi realizado em outubro último no Hospital Haroldo Juaçaba, em Fortaleza, pelo Instituto do Câncer do Ceará. Paciente tem câncer de próstata

14:41 | Nov. 20, 2024

Por: Mateus Brisa
Equipe cirúrgica que realizou a primeira cirurgia robótica do Sistema Único de Saúde (SUS) no Norte e Nordeste (foto: Divulgação/ICC)

A primeira cirurgia com auxílio robótico para paciente do Sistema Único de Saúde (SUS) no Norte e Nordeste foi realizada em outubro último pelo Instituto do Câncer do Ceará (ICC). O procedimento foi realizado no Hospital Haroldo Juaçaba, no bairro Rodolfo Teófilo, em Fortaleza.

A plataforma de sistema cirúrgico robótico utilizada se chama Da Vinci e é reconhecida internacionalmente. Segundo o ICC, ela tem “alto desempenho na resseção de tumores” e servirá para uma “ampla gama de procedimentos”.

Cirurgias urológicas, ginecológicas, torácicas, de cabeça e pescoço, e abdominais serão facilitadas pelo equipamento. O primeiro procedimento conduzido pelo ICC foi uma cirurgia de  associada a .

O paciente em questão, Antônio Braga, de 70 anos, tem câncer de próstata e recebeu alta no dia seguinte à cirurgia. “Foi tudo muito rápido, já estou indo para casa feliz da vida!”, comemora o fortalezense.

“Quando soube que ia fazer a primeira cirurgia robótica me senti seguro e feliz, porque uma equipe completa cuidou de mim. Que Deus abençoe a todos”.

Urologista do Hospital Haroldo Juaçaba e coordenador do Programa de Cirurgia Robótica do ICC, Emanuel Veras foi o responsável por liderar a equipe cirúrgica, junto dos urologistas Gabriel Oliveira e Diego Capibaribe.

Tecnologia no tratamento do câncer

O uso do novo equipamento Da Vinci significa melhoria no tratamento dos pacientes com câncer do ICC, pois a plataforma “minimiza os efeitos colaterais e reduz o tempo de internação hospitalar”, explica o Instituto.

Segundo o CEO do Grupo ICC, Caio Juaçaba, o objetivo com a tecnologia “não é apenas trazer o que há de mais avançado em tecnologia para o tratamento do câncer, mas também garantir que a população tenha acesso a esse tipo de inovação, que antes era restrita a poucos centros de excelência”.

Para possibilitar isso, as equipes médicas e multidisciplinares do ICC passam por capacitações por meio do Programa de Cirurgia Robótica do órgão.

“Por ser também um centro de formação e capacitação para profissionais de saúde, o ICC visa disseminar o treinamento em cirurgia robótica, assim, democratizando o treinamento e o acesso a essa tecnologia, sendo um ganho para a medicina brasileira”, defende Emanuel Veras.

Na visão de Alberto Fiúza, diretor administrativo do Instituto, a introdução do plataforma Da Vinci democratiza o tratamento contra câncer: “O ICC acredita e aposta na tecnologia, mas não a [tecnologia] que fica somente para um pequeno número de pessoas, e sim aquela que alcança toda a sociedade”.

“O papel do ICC é trazer aquilo que está na fronteira do conhecimento, na mais alta tecnologia, e disponibilizar isso para aqueles que de fato necessitam”.