Duas famílias são ameaçadas por facção em Fortaleza e precisam retornar ao Interior; quatro suspeitos são presos

Famílias foram escoltadas para ir embora de Fortaleza. Os suspeitos do crime foram presos pela Polícia Militar e uma arma apreendida

Duas famílias oriundas de Aracaú, a 244 quilômetros de Fortaleza, foram ameaçadas nesta segunda-feira, 18, por integrantes da facção criminosa Guardiões do Estado (GDE), após se mudarem para o bairro Vicente Pinzón, em Fortaleza. Quatro pessoas foram presas suspeitas da ação criminosa e uma arma foi apreendida.

Conforme fonte da Polícia Militar, as famílias saíram do Interior do Ceará há 10 dias e comercializavam sanduíches na Praia do Futuro, com o objetivo de permanecer trabalhando na Capital.  

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Conforme apuração do O POVO, as famílias foram abordadas por criminosos que pertenceriam à GDE e foram obrigadas a passar por um interrogatório. Ao descobrirem que as vítimas eram de Acaraú, os faccionados afirmaram que o município era dominado pela facção Comando Vermelho (CV).

Os criminosos ainda teriam vasculhado o aparelho celular das pessoas e, ao encontrarem a imagem de uma delas gesticulando com o "V" de vitória, deduziram se tratar de referência à facção criminosa CV.

Conforme a apuração do O POVO, as famílias não possuíam qualquer ligação com a facção. Embora relatassem que não possuíam envolvimento com ilícitos, todos foram ameaçados de morte e "condenados" pelo tribunal do crime. 

Ao tomarem conhecimento das ameaças, equipes do 8º Batalhão da Polícia Militar prenderam os suspeitos Pedro Gabriel de Paula Camarão, 24 anos; Luan Fernando Pereira Bernardo, 24 anos; Edrisson Sousa de Lima, de 21 anos; e Mariana Baltazar de Sousa Fuzeta, de 23 anos.

Todos foram encaminhados ao 9º Distrito Policial para realização dos procedimentos necessários.  A ação foi coordenada pelo tenente-coronel Hideraldo Bellini, comandante do 8º BPM e da equipe do sargento M. Silva, da Força Tática. Uma arma também foi apreendida na ação. 

Já as famílias foram escoltadas até a rodoviária para irem embora de Fortaleza. 

Esse é o segundo caso de pessoas que são obrigadas a voltar para o Interior do Ceará em razão da violência.  Há menos de um mês, O POVO noticiou o caso de um adolescente que foi esfaqueado enquanto dormia. O rapaz viajou à Fortaleza no intuito de treinar futebol, mas após a ocorrência dedicidiu voltar para a sua cidade natal. 

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