Shalom oferece atendimento solidário a pessoas em vulnerabilidade social até este domingo, 17

A programação inclui atendimentos sociais e momentos de lazer no Centro de Fortaleza, Papicu e Eusébio

A Comunidade Católica Shalom realiza até este domingo, 17, a Semana da Solidariedade Shalom em Fortaleza e no Eusébio, município da Região Metropolitana, voltada para a assistência de pessoas em situação de vulnerabilidade social. O movimento é realizado em alusão ao Dia Mundial do Pobre, instituído pelo papa Francisco em 2016 e celebrado pelos religiosos dia 17 do mês. O tema deste ano é: "a oração do pobre elevasse até Deus".

A programação, iniciada no último dia 11, inclui serviços de saúde, atendimento jurídico e psicológico, além de ações de acolhimento e evangelização a jovens e adolescentes em risco, dependentes químicos e pessoas em situação de rua promovidos pela Casa São Francisco, situada no Centro de Fortaleza, Casa Ronaldo Pereira, no bairro Papicu, e Casa Renata Couras, no Eusébio.

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Na Igreja do Carmo, no Centro de Fortaleza, onde acontecia a ação neste sábado, 16, a fila de espera já estava cheia logo no início dos trabalhos, às oito da manhã. A aglomeração partia da entrada da Igreja e contornava até o cruzamento das ruas Barão do Rio Branco com Clarindo de Queiroz.  

Em menção ao papa Francisco, Thacio Romano, coordenador do Centro de Convivência Casa São Francisco, destaca que o evento tem três missões: socorrer, celebrar a liturgia (a Santa Missa) e o momento do banquete, numa celebração feita entre todos os presentes reunidos na mesma mesa. 

"Todos somos filhos do mesmo Deus. Após a pandemia percebemos como subiu o número de pessoas em situação de rua. O Dia Mundial do Pobre não é só para atender pessoas que fazem parte da igreja, mas todos que precisam de atendimento", destacou Thacio.

Veja imagens do atendimento da Semana da Solidariedade Shalom neste sábado, 16

Célia Silva, assistente social da Casa São Francisco, revela que, em média, o local atende 50 homens em situação de rua. Neste sábado, no entanto, foram atendidos homens, mulheres e crianças, estando ou não em situação de rua. Os serviços oferecidos foram de higienização, alimentação, doação de roupas, serviço social, saúde, psicologia e jurídico. A meta, segundo a assistente, era realizar 250 atendimentos até o final dos trabalhos do dia.

A Escola Profissional (EP) Paulo VI, do bairro Montese, enviou como voluntários 24 alunos do curso técnico de enfermagem, a professora Rita de Cassia, profissionais da tecnologia, dois advogados, além de mais de 50 kits de higiene pessoal, entre outros itens.

Estudante de técnica de enfermagem, Stefanny Mesquita afirmou que até o final da manhã desta sábado já tinha atendido 15 pessoas. 

 

"A gente consegue cuidar além da parte física das pessoas, enxergar a parte humana. Muitas delas vêm aqui porque querem conversar. Chegou um senhor que veio porque ele queria roupas e conversar. Essas pessoas precisam ser enxergadas", destacou Stefanny. 

Participante assíduo do evento, Gilberto Vasconcelos, 48, afirma que o mais importante da Comunidade Shalom é que conseguem, por meio de ações como esta, levar o povo de volta para casa. "A maioria não consegue por causa das drogas, para isso que eles estão lutando, fazendo esse belo evento. Isso é o amor para os pobres".

Gilberto faz parte do Shalom há 20 anos. O mesmo tempo em que é morador de rua. Trabalha com artesanato em tampas de isopor. Transita, costumeiramente, pela Praça do Ferreira e pelas ruas do entorno do Instituto Doutor José Frota (IJF) e do quartel do 5º Batalhão da Polícia Militar do Ceará (PMCE) - ambos no Centro.

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