Censo 2022: 1 a cada 5 residentes de Fortaleza mora em favelas; maior delas fica no Pirambu
Maior favela do Ceará, Santa Elisa, no bairro Pirambu, é a 23ª maior do BrasilDos mais de 2,4 milhões de habitantes de Fortaleza, 578.071 moram em favelas ou comunidades urbanas. Isso significa que um a cada cinco moradores da Capital vivem nesses territórios.
De acordo com os dados do Censo Demográfico de 2022, divulgados nesta sexta-feira, 8, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Ceará tem 749.640 residentes de favelas, divididos em 30 municípios.
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A maioria, no entanto, está centralizada na Concentração Urbana de Fortaleza. Como delimitada pelo IBGE, além da Capital, a região é formada pelos municípios de Aquiraz, Caucaia, Eusébio, Itaitinga, Maracanaú, Maranguape e Pacatuba.
Juntos, eles concentram 664.059 moradores de favelas do Estado em uma área de 45 km². Isso torna a Concentração Urbana de Fortaleza a terceira maior em densidade demográfica dentro das favelas, atrás apenas das Concentrações do Rio de Janeiro e São Paulo.
Depois de Fortaleza, os municípios com maior número de residentes em favelas são: Caucaia (60.643), Crato (16.925), Itapipoca (14.736), Maranguape (10.940) e Barbalha (9.839).
Veja quais são as maiores favelas do Ceará, todas localizadas em Fortaleza
- Santa Elisa/Pirambu: 24.409
- Pantanal: 14.383
- Fumaça/Planalto Pici: 13.110
- Papoco: 11.164
- Comunidade Serviluz/Titanzinho: 11.035
- Santa Inês/Pirambu: 10.824
- Parque Alto Alegre: 9.465
- Tancredo Neves: 8.108
- KM 10: 7.519
- Lagamar: 7.500
Das 702 favelas do Ceará, 503 ficam em Fortaleza. A mais populosa do Ceará é a favela Santa Elisa, no bairro Pirambu. O território tem 24.409 moradores e é a 23ª maior favela do Brasil em população.
A comunidade tem população maior do que a quantidade de moradores dos quatro menores municípios do Ceará: Granjeiro (4.841), Guaramiranga (5.654), Baixio (5.704), São João do Jaguaribe (5.855).
Confira onde ficam localizadas as favelas de Fortaleza e do Ceará
Maiores favelas do Brasil
- Rocinha - Rio de Janeiro (RJ): 72.021
- Sol Nascente (ARIS - Sol Nascente) - Brasília (DF): 70.908
- Paraisópolis - São Paulo (SP): 58.527
- Cidade de Deus/Alfredo Nascimento - Manaus (AM): 55.821
- Rio das Pedras - Rio de Janeiro (RJ): 55.653
- Heliópolis - São Paulo (SP): 55.583
- Comunidade São Lucas - Manaus (AM): 53.674
- Coroadinho - São Luís (MA): 51.050
- Baixadas da Estrada Nova Jurunas - Belém (PA): 43.105
- Beiru/Tancredo Neves - Salvador (BA): 38.871
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O que são favelas para o IBGE?
Historicamente na divulgação dos Censos Demográficos, os critérios para identificar essas comunidades foram mudando devido a entendimentos internacionais e legislações urbanas.
Em 2024, o IBGE informou que voltaria a utilizar o termo Favela e Comunidades Urbanas para representar a categoria de territórios que antes era chamada de “aglomerados subnormais”.
Conforme o instituto, as favelas são “territórios populares originados das diversas estratégias utilizadas pela população para atender, geralmente de forma autônoma e coletiva, às suas necessidades de moradia e usos associados (comércio, serviços, lazer, cultura, entre outros), diante da insuficiência e inadequação das políticas públicas e investimentos privados dirigidos à garantia do direito à cidade”.
A ausência ou oferta precária e incompleta de serviços públicos, o predomínio de edificações, arruamento e infraestrutura autoproduzidos, a localização em áreas com restrição à ocupação (como faixas de domínio de rodovias e ferrovias, linhas de transmissão de energia ou áreas de risco ambiental) são alguns dos critérios para categorizar favelas.