Operação prende membros do CV que cometiam crimes contra barracas e turistas na Praia do Futuro

Além de crimes patrimoniais, o grupo atuava no tráfico de drogas na região e bairros adjacentes. Ao todo, 23 mandados de prisão e 56 de busca e apreensão foram cumpridos na manhã desta quinta-feira, 31

15:37 | Out. 31, 2024

Por: Mirla Nobre
Alvos foram presos durante a 13ª fase da operação Demote da Polícia Civil do Ceará (foto: Divulgação/ Leonardo Albuquerque/PCCE)

A Polícia Civil do Ceará (PC-CE) prendeu 15 integrantes da facção criminosa de origem carioca Comando Vermelho (CV) nesta quinta-feira, 31, durante a 13ª fase da operação “Demote”, em Fortaleza. Quatro mulheres e 11 homens foram capturados e identificados com atuação em crimes patrimoniais contra barracas, turistas e moradores da Praia do Futuro.

Os alvos também atuavam em cargos de liderança, gerência e frente do tráfico de drogas na localidade por meio da organização criminosa. Além deles, mais oito pessoas foram alvos do cumprimento de mandado de prisão, mas já se encontram recolhidas em unidades prisionais do Estado. Entre eles um dos líderes da organização na região, identificado como Paulo Renato Silva de Almeida, o “Renato Bombado”.

Ao todo na operação, foram expedidos 31 mandados de prisão e cumpridos 23. Os demais alvos ainda não foram localizados. Também foram cumpridos 56 mandados de busca e apreensão, que resultaram no recolhimento de celulares, tablets e quatro veículos em Fortaleza, Caucaia e Itaitinga, na Região Metropolitana (RMF), e nos municípios de Ocara, no Norte, e Crato, na região do Cariri no Estado.

Além do tráfico de drogas, os alvos são investigados por crimes letais e intencionais (CVLIs), como homicídio doloso, quando há intenção de matar; latrocínio, roubo seguido de morte; feminicídio, morte contra mulheres; tráfico de drogas e crimes patrimoniais, além de porte ilegal de arma de fogo.

De acordo com o delegado-adjunto do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Draco), Thiago Salgado, com a prisão do grupo e a identificação dos demais alvos, pelo menos R$ 3 milhões foram bloqueados de contas ligadas à organização criminosa.

“Quando a gente bloqueia, a gente estipula um valor para cada investigado, que foi de até R$ 100 mil. Se esses indivíduos tiverem valor nas suas contas, serão devidamente bloqueados”, explica.

Investigações

 

Conforme o delegado João Carlos Machado, titular da 10ª Delegacia do Departamento de Homicídios, as investigações contra o grupo completaram um ano. Na época, o departamento recebeu informações da atuação de um dos líderes do grupo, o "Renato Bombado".

“No curso das investigações, tivemos indícios de mais 31 indivíduos. As principais atividades seriam crimes violentos, crimes patrimoniais e tráfico de drogas”, destaca.

A 13ª fase da operação foi coordenada pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), do Departamento de Técnico Operacional (DTO) e da Coordenadoria de Operações Especiais (Core), da Polícia Civil do Ceará. As ações contaram com apoio do Departamento de Polícia Judiciária Especializada (DPJE).