Maternidade-escola da UFC recebe R$ 12 milhões para nova ala neonatal e ampliações

Ao todo, a Meac já recebeu R$ 27 milhões em investimento, advindos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)

14:25 | Out. 24, 2024

Por: Luíza Vieira
Maternidade-escola da UFC recebe R$ 12 milhões de investimento do Governo por meio do PAC (foto: Lara Vieira/ O POVO )

As obras de ampliação da Emergência e da Unidade Neonatal da Maternidade-Escola Assis Chateaubriand (MEAC), do Complexo Hospitalar da Universidade Federal do Ceará (UFC), receberam novo investimento de R$ 12 milhões. A informação foi dada pelo ministro da Educação, Camilo Santana, nesta quinta-feira, 24, durante assinatura de Ordem de Serviço para a continuidade das obras na Unidade Neonatal da MEAC.

A ampliação da infraestrutura da MEAC inclui novos pavimentos e modernização de infraestrutura técnica, como sistemas de climatização e energia. A segunda etapa da obra deve ser concluída em 18 meses, com uma terceira etapa prevista para seis meses depois.

De acordo com o projeto, o primeiro pavimento superior abrigará as unidades de cuidados intermediários. A Unidade de Cuidados Intermediários Canguru (UCINCa) será ampliada de cinco para 12 leitos. O mesmo espaço também acomodará a Unidade de Cuidados Intermediários Convencionais (UCINCo), que terá sua capacidade aumentada de cinco para 12 leitos. Além disso, parte da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIn) também será instalada no pavimento, com dez leitos.

O segundo pavimento será utilizado como área técnica. O terceiro pavimento superior será dedicado a mais 30 leitos de UTIn, que ao todo passará de 21 para 40 leitos. O quarto pavimento será voltado para áreas de descanso, administração e ensino.

A primeira etapa da nova emergência obstétrica da MEAC, que contemplou o andar térreo da unidade, foi  concluída em agosto de 2024 e contou com investimento de R$ 9.642.086,64. O valor total estimado para o projeto é de R$ 22.457.181,58, advindos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

A Meac integra a Rede Ebserhn (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares) desde 2013. O equipamento é vinculado ao Ministério da Educação (MEC) e é referência para gestação de alto risco em Fortaleza, atendendo pacientes das unidades básicas de saúde e das regionais. Além disso, atendimento nas especialidades obstetrícia, ginecologia, neonatologia, mastologia e medicina fetal.

O governador do Estado, Elmano de Freitas (PT), destacou que a ampliação é importante, tanto para a Universidade, quanto para as famílias cearenses, que são contempladas pelo equipamento.

“Sabemos que isso aqui significará, também, melhores condições inclusive na formação dos estudantes de medicina, mas combinado com o aumento da capacidade de atendimento à população”, destacou.

A Meac atende a 49% das gestações de alto risco no Estado, conforme explicou o gerente de Atenção à Saúde da Maternidade-Escola, Edson Lucena.

“Atualmente, em termos de indicador, nós temos duas vezes e meia a taxa de prematuridade do Brasil, isso já mostrando como a gente está tendo um perfil bem importante de gestação de alto risco”, complementa.

Investimentos no Complexo Hospitalar da UFC

Sobre o Hospital Universitário Walter Cantídio, vinculado à UFC, a previsão de entrega é daqui a 18 meses, conforme adiantado pelo diretor do Instituto de Ciências Médicas (ICM) Carlos Roberto Rodrigues (Doutor Cabeto).

A nova unidade resulta de uma parceria entre a UFC e o Instituto de Ciências Médicas Paulo Marcelo Martins Rodrigues (ICM), gerido por Cabeto.

O reitor da UFC, Custódio Almeida, compartilha que o novo hospital disporá de dez andares e um anexo de sete andares localizado na lateral do equipamento. Ele menciona que a sede será composta por salas cirúrgicas robóticas e “todo um funcionamento de logística computadorizada”, bem como “aumento no número de leitos da UTI e enfermaria”.

“A gente vai chegar a 250 novos leitos no hospital novo, temos muito a agradecer ao ministro Camilo Santana porque, quando a gente foi receber o hospital, só pudemos receber com autorização do Ministério da Educação”, pontua Custódio.

Com informações da repórter Lara Vieira